
No final de junho, quase 80% de Portugal continental estava em situação de seca severa e extrema. Se não chover nos próximos tempos, muitas localidades vão passar dificuldades.
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As populações abastecidas por aquíferos são as que estão a ter mais dificuldades para enfrentar a seca. "Já temos zonas onde esses aquíferos apresentam falhas no fornecimento de água". A solução passa por transporta-la em auto-tanques até essas localidades contou à TSF, Marcelo Guerreiro, autarca de Ourique, onde a Barragem do Monte da Rocha também apresenta níveis muito baixos.
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No final de junho, quase 80% de Portugal continental estava em situação de seca severa e extrema. Se não chover nos tempos que se avizinham muitas localidades vão passar dificuldades. Nos últimos dias, o secretário de Estado do Ambiente veio alertar para um possível agravamento durante o próximo trimestre. Nalgumas zonas do Alentejo a situação não é a melhor.
A Barragem da Vigia que abastece o Concelho de Redondo e todos os agricultores naquele perímetro, está com níveis preocupantes. "Estamos muito próximo do volume morto, a partir do qual não se pode extrair água da barragem".
Bolhão Martins, da Associação de Beneficiários da Obra da Vigia explica que é prioritário garantir água para depois de 15 de agosto de modo a regar as culturas permanentes, o olival e a vinha.
Noutro local, em Évora, perante períodos de seca consecutivos já há três anos que se faz poupança de água. Mas se por enquanto o abastecimento público está garantido, a maior preocupação vai para a agricultura e para a pecuária. "Há culturas de cereais com uma perda significativa", salienta o autarca Carlos Pinto de Sá, garantindo que se houver problemas para dar de beber aos animais, o que poderá acontecer em breve, a câmara fornecerá a água necessária.
Mais a Norte, em Viseu, também já foi acionado um plano de contingência para fazer face à seca. Tal como em muitas localidades, as populações são alertadas para a importância de gerirem melhor os consumos.
Joaquim Seixas, o vice-presidente da autarquia garante que a câmara municipal também está a tomar medidas, como " reduzir a pressão na rede pública e reativando alguns furos", que até aqui não estavam em funcionamento. As regas de espaços públicos e a lavagem de ruas também estão condicionadas.