No sítio da Pedreira, em Silves, a GNR tenta retirar as pessoas das casas por prevenção. Há muitos que não querem sair.
Corpo do artigo
"As coisas estão melhores", explica António. Fala ao telefone com um amigo enquanto vai regando o terreno à volta da casa. O fogo já passou por ali, pelo sítio da Pedreira, no concelho de Silves. Durante algumas horas foi uma aflição. Chamas altas a rondarem as habitações, as pessoas numa ansiedade e a GNR a dizer-lhes que tinham de sair.
TSF\audio\2018\08\noticias\08\maria_a_casaca_monchique_quarta_feira_noite
"Disseram-me que tínhamos que estar atentos ao fogo e tínhamos de sair", diz Idália contrariada. "Nós temos que defender as nossas coisas. Se não estão aqui bombeiros, como é?", questiona esta habitante do concelho de Silves.
As pessoas saem contrariadas das suas casas, querem defender os seus pertences. Devido ao intenso fumo que se faz sentir a Proteção Civil apelou a que todos permanecessem calmos, seguissem as instruções das autoridades, fechando portas e janelas e mantendo-se em lugar seguro.
Mas o fogo surge por vezes de onde não se espera e é muito rápido a progredir. "Começou há 3 horas nos eucaliptos, depois o vento mudou e alastrou tudo", diz António.
Outro habitante da zona, Francisco Pina, só estranha o funcionamento dos meios aéreos. São tantos mas em seu entender não estão a atuar com eficácia. "Será que há tanta chefia e não vêem isso?"
Críticas que se ouvem constantemente perante a coordenação das operações, numa situação que está a deixar as populações ansiosas e exaustas neste incêndio que teima em continuar.