
Lisboa
João Girão/Global Imagens
Lisboa está, por estes dias, na época da poda. As Juntas de Freguesia justificam a medida com o risco de perigo público, mas há quem defenda outras soluções.
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Quem por estes dias escolher a Avenida Guerra Junqueiro ou o Jardim Cesário Verde para dar um passeio irá deparar-se com algumas mudanças, como o barulho das motoserras, derrubamento de árvores ou árvores podadas.
No entanto, Rui Martins, da Associação Mais Lisboa, defende que a solução para as árvores em Lisboa passa pelo tratamento e não pelo corte. A associação já criou um abaixo-assinado, onde manifesta a "sua indignação perante a poda selvagem que destruiu a maioria das árvores de uma das avenidas comerciais mais frondosas da cidade".
Rui Martins, em declarações à TSF, entende que houve exagero por parte da autarquia: "Nós opomo-nos à escala de intervenção. Achamos que foi exagerada e que vai levar à morte desnecessária de algumas árvores que podiam ser recuperadas de outra forma, e que o todo processo não foi devidamente comunicado aos moradores".
Contactado pela TSF, Fernando Braamcamp, presidente da Junta de Freguesia do Areeiro, reconhece que esta não foi uma decisão planeada.
"Ocorreram ventos que derrubaram uma árvore na Alameda D. Afonso Henriques e ramos grandes na Praça de Londres e na Avenida Guerra Junqueiro. Considerando o estado das árvores, eu tive de atuar imediatamente", explica.
Fernando Braamcamp explica ainda que a decisão do corte de arvoredo tem por base um estudo que identificou defeitos nas copas das árvores, sendo o derrubamento a única solução.
Quanto à divulgação que a Associação Mais Lisboa defende que devia ter sido feita, Fernando Braamcamp refere que mais do que seguir o protocolo era prioritário garantir a segurança pública.