
Nuno Godinho de Matos
Global Imagens/Diana Quintela
Um grupo de cidadãos de Oeiras admite avançar com uma providência cautelar contra Francisco Moita Flores e o seu advogado, que também é porta-voz da Comissão Nacional de Eleições.
Corpo do artigo
Contactado pela TSF, o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, entende que só existe incompatibilidade se o caso for parar à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e se Nuno Godinho de Matos tiver de tratar do assunto.
Já o próprio Godinho de Matos sublinha à TSF que não existe qualquer choque entre as duas funções porque ser porta-voz da CNE «não é uma profissão nem um modo de vida».
«A partir do momento em que determinada pessoa me procura como advogado, no domínio da minha profissão, para eu a representar num litígio judiciário, ou entendo que o caso tem dignidade para poder ser assumido ou entendo que não. Entendendo que sim, não vejo inconveniente algum», afirma.
Godinho de Matos argumenta ainda que o caso não vai parar à CNE mas sim aos tribunais, e se por acaso se cruzar com problemas da candidatura de Moita Flores na CNE, não os vai avaliar.
Quanto aos partidos, o Partido Socialista admite que ficou estufefacto com a situação. O candidato pelo PS à Câmara de Oeiras, Marcos Sá, fala numa clara incompatibilidade.
Para já, o PCP estranha o caso, mas prefere analisar melhor o assunto.
Quanto ao diretor de campanha do Movimento Isaltino Oeiras Mais à Frente, está tranquilo. António Moita admite que Godinho de Matos não devia ser advogado de um candidato autárquico, mas acredita na idoneidade do porta-voz da CNE.
A TSF falou ainda com o candidato Francisco Moita Flores, que não quer pronunciar-se sobre a polémica.