No Fórum da TSF, o porta-voz do PS, João Ribeiro, disse que a posição do partido é conseguir esclarecimentos do Governo sobre o que vai fazer e que medidas defende para o corte de quatro mil milhões de euros na reforma do Estado.
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Por causa do relatório do FMI, conhecido há dois dias, nas últimas horas escutaram-se algumas vozes do PS que sugerem eleições antecipadas. Foi o caso, ontem, no Parlamento, do vice-presidente da bancada, José Junqueiro, e de Carlos Zorrinho que, citado pelo Jornal de Negócios, afirma que, se as sugestões do FMI passarem ao terreno, deve haver eleições.
Esta manhã, no Fórum da TSF, o porta-voz do PS deixou claro que a posição do partido, para já, é conseguir esclarecimentos do Governo sobre o que vai fazer e que medidas defende para o corte de quatro mil milhões de euros na reforma do Estado, sublinhando que as formulações, nesta altura, não são o mais relevantes.
«Se estas medidas que constam do relatório do FMI forem objeto de execução por parte do Governo, aprovação em conselho de ministros, é muito claro para nós que não há mandato neste Governo para o fazer. Esta é a posição do PS», afirmou.
«Agora as formulações no calor do debate, se há eleições ou não, não é isso o essencial. O essencial é normalizar a democracia, algo que começa por clarificar que mandato político é que existe», acrescentou.
Em relação à possibilidade de o PS participar numa moção de censura, João Ribeiro criticou a maioria, mas não esclareceu, em concreto, o que fará o partido.
Ouvido igualmente no Fórum da TSF, Carlos Abreu Amorim, vice-presidente da bancada do PSD, encara a sugestão de eleições antecipadas por parte de alguns socialistas como uma «espécie de rugido de leão».