Paulo Portas apelou aos professores para não fazerem coincidir a greve com as datas dos exames e disse dar «a maior importância» à negociação social e à UGT enquanto parceiro social.
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Salvaguardando a legitimidade da greve como direito constitucional, o líder do CDS deixou «um apelo aos professores», ao falar na apresentação do candidato do partido à Câmara de Vale de Cambra, José Pinheiro, que elegeu a Educação como uma das suas prioridades.
«O apelo que faço muita gente compreende: se as greves forem marcadas para os dias dos exames prejudica o esforço dos alunos, inquieta as famílias e também não é bom para os professores, que durante todo o ano escolar deram o seu melhor, para que aqueles alunos pudessem ultrapassar os exames», disse.
Na sua intervenção, Paulo Portas enalteceu o papel dos ministros do CDS no Governo e manifestou-se empenhado na paz social, para que Portugal possa ultrapassar a crise, realçando a imagem positiva que o País deu ao conseguir fazer a reforma das leis laborais em acordo social.
«Sou absolutamente favorável a que as dificuldades que estão a penalizar muitas famílias sejam ultrapassadas com negociação social e dou a maior importância a que, sobretudo em tempos de crise, empregadores, trabalhadores e instituições do Estado se empenhem no acordo e não no conflito. É uma linha que tenho defendido desde o início», disse depois aos jornalistas.
Questionado se estava a referir-se à UGT, Paulo Portas considerou aquela central sindical «muito importante» em Portugal.
«A UGT tem uma tradição de saber sentar-se à mesa e de procurar resultados para os seus associados. Quando se faz uma negociação uma parte e a outra têm fazer cedências para se obter um resultado que seja melhor para todos e continuo a acreditar que a UGT é muito importante», disse.