Portas: «Com a alternativa do PCP, acabaríamos a bater à porta do FMI ainda mais pobres»
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros defendeu que se Portugal seguisse a alternativa proposta pelo PCP de rasgar o atual programa de assistência financeira acabaria a bater à porta do FMI ainda mais pobre.
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«Há uma conclusão a tirar deste debate: se o país rasgasse o memorando, voltasse ao endividamento, saísse do euro, há uma coisa de que o PCP pode ter a certeza, é que a vossa moção de censura levaria Portugal a ter de bater à porta do Fundo Monetário Internacional (FMI) mais pobre e em muito piores condições», afirmou Paulo Portas.
No encerramento do debate da moção de censura do PCP, no Parlamento, o ministro de Estado e presidente do CDS-PP sustentou que, na verdade, os comunistas sabem que «não há alternativa ao esforço enorme que Portugal meritoriamente está a fazer como nação» para «reaver a sua liberdade e autonomia o mais depressa possível» e nunca mais ter de pedir ajuda ao FMI.
No início do seu discurso, Paulo Portas sugeriu que o PCP nem sequer se preocupou em expor a sua alternativa neste debate porque na sua doutrina «é mais importante organizar uma greve, depois organizar uma 'manif', e só por fim organizar uma censura».
«De modo que, não tendo as greves tido demasiado sucesso, e não substituindo as 'manifs' as urnas onde democraticamente os portugueses escolhem quem querem, o facto de esta censura não ter tido a preocupação de demonstrar a possibilidade de uma alternativa esgota-a no momento de hoje», acrescentou.