
paulo Portas
O ministro dos Negócios Estrangeiros disse que a atual proposta de orçamento plurianual comunitário para 2014-2020 «é inaceitável para Portugal».
Corpo do artigo
Paulo Portas, que falava à margem de uma reunião dos chefes de diplomacia da União Europeia, e antes de um jantar preparatório do Conselho de Assuntos Gerais de terça-feira, no qual participará também o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, disse que Portugal partirá para a cimeira extraordinária de 22 e 23 de novembro com o objetivo de favorecer a procura de um compromisso, mas advertiu que não pode dar o seu aval a «um acordo qualquer».
O ministro disse que a atual proposta não pode ser aceite por Portugal por três grandes razões, designadamente o facto de prever cortes «mais do que é aceitável» na política de coesão, ficar também aquém do que é desejável em termos de Política Agrícola Comum (PAC), e sobretudo no desenvolvimento rural, e por não ser a resposta adequada numa altura de «crise económica muito séria», quando é necessário combater a recessão e o desemprego.
Paulo Portas pronunciou-se ainda sobre o conflito israelo-palestiniano, dizendo que é preciso dar condições aos palestinianos para que eles possam escolher a via política e não a via armada.