A moção de estratégia global que Paulo Portas vai levar ao Congresso defende a flexibilidade dos objetivos orçamentais para 2014 e 2015 e um progressivo desagravamento do IRS.
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O presidente do CDS-PP defendeu hoje que o «desagravamento fiscal em sede de IRS» deve começar na atual legislatura governamental.
«No plano fiscal, a maioria deve estabelecer um calendário e objetivos firmes, para, após a reforma do IRC, iniciar, ainda nesta legislatura, o desagravamento fiscal em sede de IRS», defendeu Paulo Portas.
A ideia consta da moção de Paulo Portas ao XXV Congressso do CDS-PP - que se realiza a 06 e 07 de julho na Póvoa do Varzim - e que o também ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros apresentou na sede do partido, no Largo do Caldas, em Lisboa.
«É condição para esse desagravamento o equilíbrio com a disciplina orçamental e daí decorre a necessidade de redução da despesa ser consistente. Porém, a própria moderação fiscal é um instrumento de crescimento», sustentou.
Sobre a coligação que está no Governo, o líder do CDS fez questão de notar aquilo que lhe tem custado mais.
«O CDS foi, em medidas do orçamento para 2013, obrigado a governar contra as suas convicções. Refiro-me, naturalmente, ao aumento do IRS que causou e causa justificada deceção do eleitorado da maioria», sublinhou.
A moção de estratégia global "Responsabilidade e identidade", que formaliza a recandidatura de Portas à liderança do CDS-PP, foi lida na íntegra durante mais de uma hora, não tendo o presidente democrata-cristão respondido a perguntas dos jornalistas no final.