O vice-primeiro-ministro e presidente do CDS-PP, Paulo Portas, admitiu hoje que é possível estudar alterações à lei eleitoral como pede o Presidente da República.
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O vice-primeiro-ministro e presidente do CDS-PP, Paulo Portas, manifestou-se hoje «perfeitamente disponível» para avaliar as mudanças na legislação eleitoral, relativamente às quais o Presidente da República, Cavaco Silva, pediu uma «reflexão ponderada».
«Estou perfeitamente disponível para fazer uma avaliação dessas matérias», disse Paulo Portas aos jornalistas, após votar na freguesia de Santos-o-Velho, em Lisboa.
Na questão da cobertura da campanha eleitoral, Portas argumentou que «é preciso um equilíbrio entre a necessidade de os meios de comunicação social terem liberdade editorial e a garantia de que há o mínimo de igualdade de oportunidades entre todos aqueles que se candidatam».
«Aquilo que se passou, não correu, desta vez, particularmente bem. Também tentaria evitar a ideia de que o sistema político português é um duopólio e que não é preciso ouvir mais ninguém, ou seja, uma solução equilibrada», acrescentou.
«Relativamente a prazos para eleições legislativas, parece-me evidente que os nossos prazos são excessivos, sempre o dissemos. Em Inglaterra, quando há uma convocatória de eleições, entre o primeiro dia da campanha e a formação de governo não passa um mês, nós precisamos de quase quatro para fazer isso», afirmou igualmente.
Sobre as eleições autárquicas, Paulo Portas afirmou ainda esperar uma «participação significativa», sublinhando que as autarquias são «o centro da autoridade mais próximo do cidadão».