Reagindo aos novos cortes anunciados na sexta-feira pelo primeiro-ministro, Portas comprometeu-se a procurar medidas que substituam a nova contribuição sobre as pensões.
Corpo do artigo
O líder do CDS considerou, este domingo, que a chamada «TSU dos pensionistas» é a «fronteira que não posso deixar passar» e comprometeu-se a procurar medidas suplementares que substituam a nova contribuição sobre as pensões.
Numa reação ao anúncio de novos cortes feito na sexta-feira pelo primeiro-ministro, Portas lembrou que Portugal é um «país em que parte da pobreza está nos mais velhos».
«Numa sociedade em que inúmeros avós têm de ajudar os filhos que estão no desemprego e cuidar dos netos e num sistema social que tem de respeitar regras de confiança, o primeiro-ministro sabe e creio ter compreendido que esta é a fronteira que não posso deixar passar», explicou.
Portas adiantou ainda que não quer que em Portugal «se verifique uma espécie de cisma grisalho, que afetaria mais de três milhões de pensionistas, una da Segurança Social, outra da Caixa Geral de Aposentações».
O presidente do CDS disse não concordar com esta medida e assegurou que fará tudo para «poupar quem deve ser poupado» e para que a «sociedade não descarte os velhos».
Numa declaração de cerca de 30 minutos, Portas clarificou ainda que concordou com medidas como o aumento do horário de trabalho e rescisões na Função Pública.
O líder democrata-cristão indicou ainda que o Governo pretende negociar com a troika outras formas de reduzir as despesas do Estado.
«O acordo dentro do Governo foi procurar medidas suplementares sobretudo na despesa do Estado consigo próprio para permitir, como diz a carta do primeiro-ministro à troika, apresentar medidas de um valor superior, ganhar uma margem de manobra e procurar que o resultado seja mais justo e equilibrado», concluiu.