No Porto, não há neste momento nenhuma intenção concreta de pôr em marcha um plano idêntico ao de Lisboa. Fonte da autarquia sublinha, no entanto, à TSF que, no próximo mês, as medidas relacionadas com a qualidade do ar vão ser reavaliadas.
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Isto porque nessa altura vai ser feita uma análise dos resultados das medições conjuntamente com a CCDR do Norte. E é às Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional que compete elaborar os Planos de Qualidade do Ar, em parceria com as autarquias.
Fonte da câmara adianta que nessa altura é que vai ser decidido que tipo de medidas devem ser aplicadas ao Porto.
E o leque de escolhas é grande: pode passar pela redução de veículos a circular, à semelhança do que está a ser implementado em Lisboa, pode passar pela aposta em fontes de energia menos poluentes ou pelo incremento dos transportes públicos.
Uma coisa é certa: a lei obriga a que sejam feitos planos de qualidade do ar para as zonas onde os níveis de poluentes sejam superiores aos valores-limite.
Francisco Ferreira, da Quercus, diz que o Porto, tal como Lisboa, já ultrapassou esses limites: «Já estamos quase a pôr em causa o cumprimento em 2015». O ambientalista explica que o «vento muito fraco e o frio têm levado a concentrações muito elevadas de dióxido de azoto e de partículas inaláveis»