Portugal continental em situação de alerta: meios reforçados no fogo em Vila Real que tem três frentes
A situação de alerta prolonga-se até às 23h59 de quinta-feira, 7 de agosto. Acompanhe na TSF
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O vento forte empurrou o incêndio que lavra a serra do Alvão para a aldeia de Vila Cova, onde as equipas de bombeiros foram posicionados para proteger as habitações, disse o presidente da Câmara de Vila Real.
"Houve uma propagação muito rápida, influenciada pelos fortes ventos que se fizeram sentir. Neste momento os meios estão posicionados para proteger as casas nas imediações da aldeia. Vamos acompanhar a evolução deste cenário", afirmou Alexandre Favaios à agência Lusa.
O autarca repetiu que o vento forte que se faz sentir na serra do Alvão está a dificultar o combate e adiantou que foi pedido, de forma preventiva, a alguns residentes para saírem das casas mais próximas da área florestal.
O incêndio que deflagrou sábado em Sirarelhos, em Vila Real, lavra em três frentes, que não causam “dificuldade em termos de combate”, estando a ser reforçados os meios no terreno, disse o segundo comandante sub-regional do Douro.
José Requeijo afirmou que este é o incêndio que mantém preocupações em Vila Real, estando os restantes dois – São Cibrão e Arrabães (Torgueda) em fase de conclusão.
Este fogo tem três frentes ativas, uma virada a Sirarelhos, outra a São Miguel da Pena e uma terceira em Vila Cova, mas que, de acordo com o responsável, “estão sem dificuldade em termos de combate”.
O fogo de Sirarelhos teve início pelas 23:45 de sábado, na serra do Alvão, na zona de Sirarelhos, tendo progredido depois para Gontães, São Miguel da Pena e Vila Cova, onde, depois de se ter aproximado da aldeia durante a manhã, sofreu uma reativação junto a uma casa ao final da tarde.
José Requeijo explicou que se tratou de “um ponto quente que criou atividade junto a uma habitação, mas que de imediato foi debelada”.
Referiu ainda que, ao final da tarde uma rotação do vento causou algumas dificuldades no combate, tendo sido necessário reposicionar os meios no teatro de operações, mas, segundo o responsável, não havia pelas 20:00 populações ameaçadas.
Pelo extenso perímetro do incêndio estão espalhados 240 operacionais e 76 viaturas.
O segundo comandante do Douro adiantou que os meios vão ser reforçados, nomeadamente com mais um grupo de combate ampliado (GRUATA) da Força Especial de Proteção Civil.
“Pensamos que conseguimos, com o reforço desses elementos, um trabalho mais eficaz”, apontou, adiantando que se quer aproveitar a “janela de oportunidade” que a noite e uma maior humidade podem proporcionar.
Como dificuldade no combate a este fogo, José Requeijo destacou o “arranque com intensidade e velocidade, virado a uma zona de montanha, serra, com difíceis acessos e com vegetação muito densa que fez com que houvesse uma propagação muito rápida”.
“Depois a dificuldade em arranjar meios de combate que reforçassem de imediato este teatro de operações porque estávamos empenhados em mais dois. Tivemos que dividir meios e pedir reforço o que nos dificultou, nas primeiras horas, a capacidade de combate”, apontou.
O segundo comandante disse ainda que, no incêndio que teve início em São Cibrão, mas depois se estendeu a Sabrosa, sofreu várias reativações depois de ter sido dado como em resolução pelas 15:00.
“O incêndio de Sabrosa tem um perímetro muito grande e com várias morfologias de terreno e dificuldade de acessos e foi-nos disponibilizado pelo Exército três pelotões militares [25 militares cada] que vão fazer vigilância e alguma consolidação”, explicou.
A Cruz Vermelha está a dar apoio aos operacionais envolvidos no combate a incêndios através da criação de espaços de descanso. Os "Rest Spaces" foram inaugurados pela primeira vez no incêndio de Ponte da Barca.
"A primeira vez que foi operacionalizado com toda a capacidade idealizada foi em Ponte da Barca. Na verdade, há um projeto que já vem sendo desenvolvido e pensado nos últimos três anos, através da identificação das necessidades do terreno. A Cruz Vermelha sempre assumiu um papel de retaguarda e complementar no combate a incêndios, já que não fazemos o combate direto aos incêndios, e foi um algo que nós fomos notando que havia uma necessidade também de haver cada vez mais um apoio aos operacionais dos incêndios e daí temos idealizado este modelo de resposta mais completo, mais holístico, perante as necessidades operacionais", explica o coordenador nacional de Emergência da Cruz Vermelha, Gonçalo Órfão, à TSF.
Mais de 1980 operacionais, apoiados por 616 meios terrestres e 22 meios aéreos, estavam este domingo, pelas 14h30, a combater 90 incêndios em Portugal continental, com destaque para o fogo de Vila Real, de acordo com o site da Proteção Civil.
Na sua página oficial, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) assinala, em Vila Real, como “ocorrências significativas”, três pontos de fogo, o primeiro em Pena, Quintã e Vila Cova que mobilizava, às 14h00, quase centena e meia de operacionais, apoiados por 40 meios terrestres e 13 aéreos.
Em São Cibrão, no Douro, estavam 288 homens, 98 veículos e um meio aéreo, enquanto em Torgueda o socorro está a cargo de 85 operacionais, 25 veículos e um meio aéreo.
O incêndio que começou no sábado em São Cibrão, Vila Real, e se estendeu a Sabrosa, permanece com pontos quentes, mas sem fogo ativo, disse o segundo comandante sub-regional do Douro, num ponto de situação aos jornalistas, em Sabrosa, cerca das 13h00.
Outro incêndio que gerou muitas preocupações foi o de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, dado como dominado pelas 10h45, após nove dias de fogo ativo.
Este incêndio deflagrou há uma semana e já consumiu mais de seis mil hectares do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG). No local estão 530 operacionais, apoiados por 163 veículos e três meios aéreos.
Já em Arouca, no distrito de Aveiro, o incêndio que começou em Canelas e Espiunca, passou ao concelho de Castelo de Paiva, assim como ao de Cinfães, distrito de Viseu, preocupando muito as autoridades e as populações na última semana, foi dado como dominado na sexta-feira. Em fase de conclusão, continua a mobilizar mais de 80 operacionais e 36 meios terrestres.
Trinta pessoas foram aconselhadas a sair de casa na aldeia de Vila Cova, Vila Real, confirmou a TSF junto de fonte da GNR, que pediu à população para procurar um local mais seguro.
O incêndio que começou em São Cibrão, Vila Real, e se estendeu a Sabrosa tem pontos quentes, mas sem fogo ativo, disse o segundo comandante sub-regional do Douro.
"Começamos a ter o perímetro todo consolidado e sem chama ativa, ainda não estando completamente dominado. A grande percentagem está em rescaldo. Há pontos quentes, não temos fogo ativo", disse o segundo comandante sub-regional do Douro, José Requeijo.
Num ponto de situação aos jornalistas, em Sabrosa, pelas 13h00, o segundo comandante apontou que os meios estão distribuídos em trabalhos de consolidação com máquinas de rastos.
"Penso que estamos no caminho para nas próximas horas podermos dar o fogo com o dominado", referiu.
Questionado sobre se há populações e casas em risco, isto depois de na noite de sábado terem sido retiradas pessoas de casa, nomeadamente de um lar de idosos que foi evacuado, José Requeijo referiu que "desde ontem [sábado] cerca de meio da madrugada deixou-se de ter esse problema".
"Não houve dano para populações e bens", resumiu.
Segundo o responsável, neste momento estão em curso operações de rescaldo e consolidação, mas, alertou, "num período do dia em que as temperaturas são elevadas e há algum vento associado o fogo pode aparecer a qualquer momento".
Temos os meios colocados estrategicamente para rapidamente chegarmos aos pontos de reacendimento", disse.
De acordo com o Município de Sabrosa este fogo está a ser combatido no local por 294 operacionais, apoiados por 102 veículos.
O incêndio em Ponte da Barca está dominado, revelou o comandante da Proteção Civil, Elísio Oliveira. O fogo que começou há mais de uma semana foi dado como dominado esta manhã, explicou o comandante durante o ponto da situação.
Em declarações à TSF, José Rodrigues, oficial de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil sublinha que o vento é a maior preocupação em Vila Real.
"Apesar da meteorologia, durante o dia de hoje, ter um aumento da intensidade de vento, aquilo que mais nos preocupa é a rotação desse mesmo vento. Está prevista a rotação de ventos, com ventos de leste, que depois vão virar a norte, e isso está a causar-nos alguma preocupação", explica à TSF José Rodrigues.
O presidente da câmara municipal de Vila Real, adianta, em declarações à TSF, que há duas frentes ativas e destaca o incêndio que motiva maiores preocupações neste momento.
"Uma das frentes está em fase já de consolidação, ou seja, não se apresenta como preocupante para as autoridades. Aquela que está a lavrar com mais intensidade é na zona de Sirarelhos, entre duas aldeias do nosso concelho. Está a entrar numa mancha florestal com algum significado, mas já temos cinco aeronaves a fazer apoio ao combate. Temos homens no terreno, há muito trabalho de sapador a ser feito, por isso mesmo temos legítimas expectativas que nas próximas horas sejam reforçados também os meios terrestres", explica à TSF Alexandre Favaios, considerando que os meios que estão a combater as chamas são adequados, mas quantos mais, melhor.
"As exigências no terreno são muito grandes. Estamos a falar sempre de condições de combate muito, muito, muito difíceis. No entanto, a resposta tem sido adequada, quanto mais tivéssemos, naturalmente, com maior rapidez colocaríamos em causa aquilo que é a natural propagação destes mesmos incêndios", sublinha.
Dois incêndios estão a lavrar em área de pinhal e mato em Torgueda e Siralhelhos, Vila Real, e para o local estavam mobilizados pelas 09h44 cerca de 220 operacionais e dez aeronaves, segundo a Proteção Civil.
Segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o incêndio em Torgueda, que começou às 19h49 de sábado, mobilizava 113 operacionais, 30 viaturas e quatro aeronaves.
Para o outro fogo, que começou em Sirarelhos pelas 23h45, foram ativados 104 operacionais, 26 viaturas e seis aeronaves.
O comandante dos bombeiros da Cruz Branca de Vila Real, Orlando Matos, disse à agência Lusa que os dois fogos estão a causar preocupações e estão com pontos muito quentes, desenvolvendo-se em áreas de mato e de pinhal.
No fogo que começou em Torgueda o receio é que ele avance em direção às aldeias de Granja e Bisalhães, localidades onde estão a ser posicionados meios de combate.
O fogo que tive início em Siralhelhos tem duas frentes ativas, uma das quais lavra em pinhal em direção a Gontães.
Orlando Matos referiu que os incêndios possuem uma grande extensão.
No concelho de Vila Real mantém-se ativo um terceiro incêndio, que teve início em São Cibrão no sábado, mas que se propagou a Sabrosa, onde se desenvolveu com maior intensidade e preocupação, estando no terreno 284 operacionais, 99 viaturas e duas aeronaves.
Pelas 08h00, o segundo comandante sub-regional do Douro referiu que cerca de 80% deste fogo estava controlado, mantendo-se uma frente ativa.
A GNR vai reforçar a vigilância durante a situação de alerta que entra em vigor neste domingo, com o patrulhamento de zonas de risco através da utilização de drones.
"Nós estamos a reforçar a vigilância, quer seja ela terrestre, quer seja ela aérea, através dos drones que iremos ter a patrulhar as zonas de maior risco de incêndio para tentar detetar algum comportamento negligente por parte do cidadão", explica à TSF o coronel Pedro Teixeira, chefe da divisão a natureza e do ambiente da Guarda Nacional Republicana.
Portugal continental está desde este domingo, e até quinta-feira, em situação de alerta devido ao elevado risco de incêndio nos próximos dias.
As previsões meteorológicas apontam um risco significativo de incêndio rural.
A situação de alerta implica medidas preventivas e especiais, designadamente a proibição de acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, a realização de queimas e queimadas, ficando suspensas as autorizações anteriormente emitidas.
A situação de alerta implica também proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais e rurais com o recurso a maquinaria e o uso de fogo de artifício e outros artefactos pirotécnicos. Neste caso, também as autorizações já emitidas ficam suspensas.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alertou para um episódio severo de calor, até quarta-feira, com temperaturas máximas previstas entre 36 e 44 graus Celsius, com exceção apenas de alguns locais da faixa costeira, onde serão inferiores.
A maioria dos distritos do país está sob risco máximo de incêndio, ou seja, em aviso laranja. Entre segunda e terça-feira, cinco distritos (Bragança, Porto, Vila Real, Viana do Castelo e Braga) vão estar sob aviso vermelho, devido ao tempo quente.
O aviso vermelho é o mais elevado na escala utilizada pelo IPMA e representa uma situação meteorológica de risco extremo, enquanto o laranja, o segundo mais grave, é emitido em "situação meteorológica de risco moderado a elevado".
O incêndio que começou em São Cibrão, Vila Real, e se estendeu a Sabrosa tem cerca de 80% do perímetro dominado, uma frente ativa e alguns pontos quentes, disse este domingo o segundo comandante sub-regional do Douro.
"Neste momento temos um cenário bastante favorável, conseguimos ter trabalho muito eficaz das equipas durante a noite, apoiadas também com quatro máquinas de rasto que fizeram a consolidação de grande parte do perímetro”, afirmou José Requeijo, num ponto de situação feito pelas 08h00.
Segundo o comandante, esta manhã “ainda há alguns pontos quentes” e uma linha de fogo a arder com média intensidade” e “com difícil acesso”.
“Que nos preocupa, agora com o aumento das temperaturas, mas que está, digamos, sob o nosso domínio neste momento. Estamos também a aguardar a chegada de reforço de médios aéreos, que estão pedidos, para consolidar e extinguir pontos quentes com maiores dificuldades de acessos dos meios terrestres”, afirmou o comandante.
Mais de 1880 operacionais, apoiados por 595 meios terrestres, estavam este sábado, pelas 21h00, a combater 44 incêndios em Portugal continental, com destaque para os fogos em Vila Real e Ponte da Barca, de acordo com o 'site' da Proteção Civil.
Segundo a página na internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 21h00, aqueles dois incêndios (considerados "ocorrências significativas") eram os mais preocupantes.
O incêndio que deflagrou hoje à tarde em Vila Real progrediu para Sabrosa em duas frentes ativas que ardem com bastante intensidade, com as aldeias de Anta e Garganta a apresentarem maior preocupação, disse à Lusa, ao fim da tarde, o comandante sub-regional do Douro.
Já em Arouca, o fogo "está dominado", mas ainda mobiliza 216 operacionais e 81 viaturas.
O incêndio que há uma semana lavra em Ponte da Barca, em Viana do Castelo, mantém-se ativo devido aos pontos quentes que podem provocar reativações, disse o comandante Elísio Oliveira, com esperança de o "fechar" este sábado.
"Mantemos o incêndio como ativo. Com a rotação do vento temos alguns pontos quentes que podem provocar reativações complicadas. Vamos continuar o nosso trabalho para ver se ao dia de hoje conseguimos fechar o incêndio", disse o comandante regional de Lisboa e Vale do Tejo que está em Ponte da Barca a comandar as operações.
Num ponto de situação aos jornalistas, cerca das 13h20, Elísio Oliveira acrescentou que "os meios estão colocados no terreno", tanto por via terrestre como aérea.
"A proteção das populações está garantida", afirmou, apontando, no entanto, que há locais de incêndio em que apenas os meios aéreos podem operar.
"Temos a complementaridade de helicópteros e aviões. Mantemos equipas apeadas quer da GNR, quer bombeiros e sapadores florestais. Continuo a querer dar boas notícias, mas não vou dar falsas notícias. Estamos a dar o melhor de todos nós para o mais cedo possível poder garantir a esta população o sossego que lhes é merecido", completou.
O incêndio que lavra há uma semana em Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, já não ameaça habitações, mas continua por dominar, referiu, pelas 20:00, o comandante da Proteção Civil Elísio Oliveira.
“Estamos a fazer todos os esforços. Temos todos os meios no terreno. Todos gostaríamos que a esta hora tivesse já sido possível dar este incêndio como dominado”, afirmou Elísio Oliveira, em declarações à SIC.
O comandante regional de Lisboa e Vale do Tejo, responsável pelas operações de combate àquele fogo, ressalvou que apesar de o incêndio continuar ativo e de ainda existirem “alguns pontos críticos”, as habitações e os aglomerados populacionais “estão devidamente acautelados”.
“Temos alguns pontos mais críticos em que estamos a colocar todos os nossos recursos neste momento e, portanto, vamos continuar aqui o nosso trabalho ao longo das próximas horas”, sublinhou.
Pelas 20h30, o incêndio em Ponte da Barca estava a ser combatido por 616 operacionais, apoiados por 204 viaturas e um meio aéreo, segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
O Presidente da Liga dos Bombeiros de Portugal, António Nunes, considera que a declaração do Governo que impôs situação de alerta em todo o continente português entre as 00h00 deste domingo e quinta-feira podia ter sido feita mais cedo, mas acredita que não foi tardia.
"Naturalmente que a Liga dos Bombeiros Portugueses gostaria que essa declaração tivesse sido feita a meio da semana passada. Não foi assim entendido, eventualmente com a informação técnica sustentada, mas agora estamos perante essa declaração, saudamos essa declaração. Isso vai permitir que os bombeiros voluntários possam estar mais disponíveis para o ataque inicial aos incêndios e completar as equipas do dispositivo de combate aos incêndios florestais", disse o presidente da Liga dos Bombeiros em direto na TSF.
Um incêndio em Sabrosa, no distrito de Vila Real, está a ser combatido por 135 operacionais e sete meios aéreos, revelou à Lusa fonte do Comando Sub-Regional do Douro.
O alerta foi dado pelas 14h23 e, pouco mais de uma hora depois, estão afetos ao combate também 32 viaturas, revelou a fonte.
Ainda segundo a mesma fonte não há registo de casas em perigo nem de feridos.
Portugal continental vai entrar, a partir de domingo e até quinta-feira, em situação de alerta devido ao elevado risco de incêndio nos próximos dias, anunciou hoje a ministra da Administração Interna.
“Face ao agravamento das previsões meteorológicas que apontam um risco significativo de incêndio rural, o Governo decidiu declarar situação de alerta em todo o território continental”, anunciou Maria Lúcia Amaral, numa declaração ao país, sem direito a perguntas.
A Câmara de Sintra anunciou este sábado o encerramento do Parque e Palácio Nacional da Pena, Convento dos Capuchos, Parque e Palácio de Monserrate, Castelo dos Mouros e Quinta da Regaleira, após o anúncio da situação de alerta pelo Governo.
No comunicado, a autarquia da Área Metropolitana de Lisboa esclarece que o aviso vigora entre as 00h00 de domingo e as 23h59 de quinta-feira e, à proibição de acesso, circulação e permanência em espaço florestal, acresce ainda o encerramento de monumentos Parque e Palácio Nacional da Pena, Convento dos Capuchos, Parque e Palácio de Monserrate, Castelo dos Mouros e Quinta da Regaleira.
O Presidente da República considerou este sábado que a declaração de situação de alerta devido ao elevado risco de incêndio "faz sentido", argumentando que "mais vale prevenir do que remediar" num período que se prevê "muito difícil".
Numa reação ao anúncio feito pela ministra da Administração Interna, durante a visita à ilha da Graciosa, Açores, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que a ativação da situação de alerta "faz sentido" porque, "havendo tempo", mais vale "prevenir do que remediar", acrescentando que "ninguém pode dizer que não foi prevenido" para este "período que se prevê que seja muito difícil".
O Governo declara "situação de alerta" em Portugal continental, devido ao risco de incêndio, a partir deste domingo e até quinta-feira. O anúncio foi feito este sábado pela ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, numa declaração ao país.
Esta situação de alerta entra em vigor à meia-noite deste domingo e vai prolongar-se até às 23h59 de quinta-feira, dia 7 de agosto. A ministra diz que a decisão "decorre da manutenção de temperaturas muito altas, baixos níveis de humidade e a necessidade de adotar medidas preventivas e especiais de resposta ao risco de incêndio".
A governante anuncia ainda que, “durante este período, serão implementadas as seguintes medidas de caráter excecional”:
Os trabalhos de combate ao incêndio que há uma semana lavra em Ponte da Barca, em Viana do Castelo, decorrem favoravelmente e poderá haver boas notícias nas próximas horas, revelou o comandante da Proteção Civil Elísio Oliveira.
"Os trabalhos estão a decorrer favoravelmente. Acreditamos que se tudo correr como tem estado a decorrer até agora, nas próximas horas teremos boas notícias", disse no ponto da situação às 10h00.
Alertando que o "incêndio mantém-se ativo" e que o final da manhã normalmente traz "uma entrada de vento que pode provocar reativações em locais" onde estão atualmente "a trabalhar na consolidação do rescaldo", tratando-se de pontos criativos não há "a garantia de que o incêndio não vai sair do perímetro já atingido", disse.
"Elísio Oliveira precisou que só quando houver "a garantia de que o incêndio não passará para novas áreas", será dado "como dominado".
E prosseguiu: "isto é um combate muito injusto. Apesar de todo o trabalho feito por todos os operacionais das diferentes entidades, sejam os bombeiros, que são o principal agente e têm feito um trabalho extenuante no teatro de operações, acompanhado por elementos do ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas], das equipas de sapadores florestais, por elementos da GNR (...) bastará uma rotação do vento em locais onde não é visível a chama e ele [o incêndio] irá fazer arranques que podem comprometer toda esta operação".
Sobre ferimentos sofridos no teatro de operações, o comandante relatou que na sexta-feira houve "duas situações, um elemento do ICNF que sofreu uma queda e foi transportado ao hospital, um ferido ligeiro com traumatismo no membro superior, e outra situação de um acidente que recusou o transporte ao hospital. Portanto, nenhuma situação grave".
Elísio Oliveira revelou ainda estarem envolvidos nas operações "dois helicópteros ligeiros" e que irá "entrar um helicóptero bombardeiro pesado e duas parelhas de aviões bombardeiros (...), mais um helicóptero de coordenação".
- <p>Proibição de acesso, circulação e permanência nos espaços florestais </p>
- <p>Proibição da realização de queimadas e queimas, bem como a suspensão de autorizações que tenham sido emitidas </p>
- <p>Proibição de trabalhos nos espaços florestais e rurais com recurso a maquinaria </p>
- <p>Proibição da utilização de fogo de artifício ou outros, bem como suspensão de autorizações que tenham sido emitidas </p>
Maria Lúcia Amaral descreve a próxima semana como "difícil": "Todo o dispositivo de combate aos incêndios está pronto a mobilizar." A ministra garante ainda que vigilância por parte da GNR, da PSP e das Forças Armadas "será reforçada" com "mais fiscalização e mais patrulhamento".
A governante pede aos portugueses que "confiem nos bombeiros e na Proteção Civil" e que "respeitem todas as indicações das autoridades competentes". Reconhece ainda o "trabalho extraordinário e incansável" das autoridades no terreno.
O incêndio que na sexta-feira à noite começou em Amarante já está, por esta altura, em fase de resolução. No local encontram-se 66 viaturas e 21 viaturas.
O fogo em Ponte da Barca chegou a passar para o concelho de Terras de Bouro. Em declarações à TSF, o presidente da câmara, Manuel Tibo, acredita que as chamas serão dominadas em breve.
"O incêndio está controlado, tem tido a vigilância necessária, com meios aéreos e terrestres para não haver reacendimentos, mas certamente nas próximas horas devemos ter a informação de que o incêndio está dominado", explica à TSF Manuel Tibo.
O incêndio de Ponte da Barca chegou a ameaçar a aldeia de Germil, mas a noite foi bem mais tranquila. O presidente da União de Freguesias Entre Ambos-os-Rios, Ermida e Germil está a ajudar nas operações de rescaldo. Em declarações à TSF, Francos Vaz Lopes saúda o reforço dos meios no terreno.
"Os meios operacionais continuam no local, foram reforçados, finalmente apareceram e estão a fazer a consolidação do perímetro do fogo e acho que, em princípio, pode ficar resolvido hoje", afirma o autarca, explicando que ainda é cedo para calcular os prejuízos provocados pelo fogo, mas espera fazer esse levantamento nos próximos dias. Por agora, o tempo é de rescaldo.
"São cerca de sete mil hectares, vai demorar um bocado a consolidar todo esse perímetro para que não volte a reacender o fogo", acrescenta.
No mapa dos incêndios, destaque também para as chamas que lavram em Amarante e em Baião. Em declarações à TSF, o comandante da Proteção Civil José Costa faz um ponto de situação relativamente a estas duas situações.
"Temos um incêndio na localidade de Gondar, no concelho de Amarante, que teve início ontem [sexta-feira], pelas 22h29, e no local estão 13 veículos, 40 operacionais e um meio aéreo. Este teatro de operações encontra-se a ser reforçado com mais operacionais e mais meios terrestres. Depois, já esta madrugada, pelas 01h56, um incêndio em Santa Marinha do Zêzere, no concelho de Baião, onde estão empenhados 12 veículos, 48 operacionais e dois meios aéreos. Este incêndio está a ser reforçado com o empenhamento de mais meios terrestres. São áreas de mato, não temos indicação de habitações ameaçadas nem de qualquer vítima nestes dois incêndios", explica à TSF José Costa, garantindo que está tudo preparado para responder a qualquer situação que ocorra.
"Todo o dispositivo está preparado. Mantemos a vigilância, mantemos o dispositivo preparado e empenhado para responder às ocorrências que vão surgindo ao longo do dia", sublinha.
O incêndio no concelho de Ponte da Barca, em Viana do Castelo, mantém-se em curso e com duas frentes ativas, revelou este sábado à Lusa fonte do comando sub-regional do Alto Minho.
A fonte não conseguiu identificar as localidades em que o fogo persiste. Pelas 10h00, estavam no combate às chamas 626 operacionais, apoiados por 204 viaturas e cinco aeronaves.
O incêndio deflagrou há uma semana e já consumiu mais de seis mil hectares do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).
