O resultado está num estudo divulgado esta tarde pela Comissão Europeia que revela também que quem está no quadro ganha, em média, mais 15% do que quem tem um contrato a termo.
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É esse o número a que chegou o estudo feito por dois economistas da Comissão sobre aquilo que acontece na União Europeia, mesmo quando se comparam trabalhadores com características e trabalhos idênticos.
Em Portugal a diferença é semelhante à média comunitária e ronda os 13%.
Estar no quadro dá um prémio salarial que ronda, em média, os 2 euros por hora, uma diferença que é maior para os trabalhadores mais velhos.
O estudo, que tem por título uma pergunta - "Precários e Mal Pagos?" -, revela ainda que Portugal é o terceiro país da União onde existem mais pessoas com contratos a prazo, apenas atrás da Polónia e da Eslovénia.
Os contratos com termo fazem parte do dia-a-dia de 23% dos trabalhadores portugueses, numa percentagem que sobe para quase 50% entre os jovens com menos de 30 anos.
Olhando para a realidade europeia, o estudo conclui ainda que para além de serem prejudicados com salários mais baixos, os trabalhadores a prazo têm menos proteção laborale benefícios nos subsídios de desemprego.