Passos Coelho disse hoje que Portugal partilha informação com os seus parceiros para monitorizar a «menos de meia dúzia» de portugueses com ligações à Jihad islâmica.
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«Temos acompanhado, sobretudo ao nível do sistema de informações, essa situação. Sabemos que existem alguns lusodescendentes, mais propriamente, pessoas que são filhos de portugueses e de pessoas de outras nacionalidades, e que têm tido alguma participação, supostamente, em atividades jihadistas», declarou o primeiro-ministro em Gales, no final da cimeira de dois dias da NATO no país.
Passos Coelho foi questionado sobre notícias recentes dando conta de alguns portugueses com ligações à Jihad.
«São menos de uma dúzia de cidadãos e temos vindo a acompanhar com informação que vamos obtendo justamente através dos nossos parceiros internacionais que possa de alguma maneira merecer preocupação para Portugal», sustentou o primeiro-ministro.
Nesta fase, acrescentou ainda o chefe de Governo, «não há nada mais que possa acrescentar a não ser que Portugal partilha informação com os parceiros de modo a monitorizar essas situações e a minimizar evidentemente qualquer acontecimento que pudesse pôr em causa» a segurança do país.
Num outro tópico, Passos Coelho falou também da questão russa e das questões referentes à energia e à distribuição de gás, advogando que a crise envolvendo a Ucrânia «tem constituído de certa maneira uma oportunidade para que os países europeus acordem para a realidade que têm», a de que «o mercado europeu de energia que se mantêm extremamente fragmentado».
A possibilidade de se aumentar o nível de interconexões através da Península Ibérica para o resto do continente europeu continuará a ser debatido em futuros Conselhos Europeus, assinalou o primeiro-ministro, reconhecendo que esta é uma das «matérias mais importantes que a nova Comissão [Europeia] que iniciará os seus trabalhos a partir de novembro terá a seu cargo».