Espanha tem uma taxa de novos casos que é o dobro da portuguesa. Portugal é um dos poucos países onde os números descem, sobretudo por causa do Algarve e de Lisboa e Vale do Tejo.
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Portugal e a Suécia são os países europeus com maiores reduções nas taxas de novos casos de Covid-19. A conclusão é do Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC) que comparou aquilo que acontecia a meio de julho (dia 20) com o início de agosto (dia 2), calculando a incidência de casos detetados nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes.
Portugal continua acima da média europeia, mas desceu para o sétimo país com mais novos casos (28,4 casos por 100 mil habitantes), atrás do Luxemburgo (209,5), Roménia (79,4), mas também dos vizinhos espanhóis (60,2), Bulgária (45,7), Bélgica (44,4) e da Suécia (30,7).
Aliás, Portugal é um dos poucos países (apenas cinco) com menos novos casos de Covid-19 nas últimas semanas, em contraste com os 27 países com os números a subir.
O ECDC destaca mesmo Portugal e a Suécia como os únicos países com descidas a rondar os 30%, em contraste com a Espanha, Bélgica, Roménia, Luxemburgo, República Checa e Malta onde ocorre o contrário, ou seja, subidas de 30%, ou superiores.
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No caso português o decréscimo aconteceu em duas regiões, Algarve e Lisboa e Vale do Tejo. Nas regiões Centro, Alentejo, Açores e Madeira a pandemia manteve-se estável, segundo o ECDC, tendo-se agravado na região Norte.
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Na Europa os contágios aumentaram em toda a Bélgica, quase todas as regiões de Espanha, meia França e Roménia; e grande parte da Alemanha e Polónia.
Portugal é ainda o sexto país com a maior taxa de mortalidade nos últimos 14 dias por Covid-19 (5,2 mortos por milhão de habitantes), bem como o oitavo que mais testes realiza (923 por 100 mil habitantes).
O ECDC diz que recentemente a Europa tem enfrentado um aumento de casos em "muitos países" que se deve não apenas a mais testes a casos assintomáticos ou com sintomas ligeiros, mas também a um "ressurgimento" de novos doentes em "vários países devido a um relaxamento das medidas de distanciamento social".
As razões para estes aumentos variam de país para país e devem ser interpretadas com "cuidado".
O centro europeu teme que com a passagem do tempo as populações adiram menos às medidas de saúde pública apesar da pandemia ainda estar longe de ser dada como encerrada.