Prevalência da demência em Portugal é de cerca de 20 casos por mil habitantes, acima da média da OCDE.
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Portugal é um dos quatro países da OCDE com maior prevalência de casos de demência entre a população, um problema que vai duplicar em 2050. Atualmente a prevalência da demência em Portugal é de cerca de 20 casos por mil habitantes, acima da média da OCDE, mas dentro de 30 anos este valor deve duplicar.
A idade continua a ser o maior fator de risco. O relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico sobre o setor da saúde também analisou os hábitos de vida saudáveis e não saudáveis.
Portugal é o quinto país da OCDE com maior consumo de antidepressivos. Quanto ao álcool, os portugueses reduziram em cerca de dois litros o consumo per capita entre 2007 e 2017, com uma média de 10,7 litros por ano, o que coloca Portugal no 11.º lugar dos países da OCDE com maior consumo.
Quanto à qualidade dos cuidados de saúde, o relatório mostra que Portugal é um dos países com maior percentagem de doentes em cuidados continuados que contraíram pelo menos uma infeção associada aos cuidados de saúde.
Os médicos portugueses foram dos poucos que tiveram uma redução da remuneração entre 2010 e 2017, enquanto os enfermeiros são dos que menos recebem nos países da OCDE. No capítulo do financiamento, os gastos diretos das famílias portuguesas em saúde cresceram. Representam 28% das despesas. Por outro lado, aumentou o número de portugueses com seguro de saúde privado.
A poluição atmosférica foi outro dos temas analisados. Em Portugal calcula-se que a poluição mate 28 pessoas por cada 100 mil habitantes, um valor próximo da média dos 36 países. As projeções apontam que a poluição pode provocar entre seis a nove milhões de mortes prematuras, por ano, em todo o mundo até 2060.