Portugal entra na terceira onda de calor de abril. Saiba que regiões são mais afetadas
Há regiões que serão mais atingidas pelas temperaturas altas: o Alentejo, a Beira interior e a Lezíria.
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O ditado popular "abril, águas mil" não se tornou realidade neste ano. Se nos meses de fevereiro e março quase não choveu, o mês atual tem sido ainda pior. De acordo com os meteorologistas, juntaram-se dois fatores para a tempestade perfeita: pouca ou nenhuma precipitação e temperaturas altas.
Os próximos dias vão ser ainda piores. De acordo com o diretor da divisão do Clima do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em abril já se registaram duas ondas de calor e entrámos agora numa terceira.
"É um fator muito preocupante também para a saúde", afirma Ricardo Deus, "esta onda de calor, segundo as nossas previsões, aponta para a zona do Alentejo, também um pouco da Lezíria [do Ribatejo] e a Beira Interior".
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Os especialistas consideram haver uma onda de calor quando as temperaturas estão acima da média mensal durante mais de seis dias consecutivos. Segundo as previsões do IPMA, já não deverá chover até final de abril.
Em maio pode ocorrer precipitação, embora se mantenham as temperaturas mais altas do que o habitual. No entanto, a acontecer, será sobretudo na zona Norte do país. "Os valores [de precipitação] de maio também já não são muito elevados, mas mesmo assim, há este sinal que me parece importante", sublinha o climatologista.
Além de uma primavera com temperaturas acima da média, as previsões do IPMA para o médio prazo apontam para meses de verão muito quentes, com "temperaturas médias acima do normal", confirma o especialista.
Ricardo Deus considera esta uma "situação preocupante", visto que a possibilidade de ocorrerem incêndio nessa altura é maior. "Se continuarmos a ter um défice de precipitação e o tempo mais seco até ao período estival, estão a reunir-se condições para termos riscos de incêndio muito elevados", avisa.