O Presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) entende que Portugal está a ficar um país «apetecível» para as células de terrorismo político.
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Isto acontece porque «nos outros países a vigilância e a perseguição policial têm aumentado muito» e em Portugal, um país «apetecível até por uma questão geográfica», o terrorismo não é uma das prioridades da polícia, explicou, em declarações à TSF este sábado.
«Não estou a dizer que as nossas autoridades tenham menos atenção em relação a este fenómeno, a verdade é que ele não está na primeira linha todos os dias», esclareceu.
Contudo, «as detenções, por qualquer método que seja, são a prova de que os métodos utilizados têm por vezes frutos», frisou, defendendo que neste âmbito «a cooperação internacional é indispensável».
O presidente do OSCOT sublinhou ainda que é necessário que as autoridades portuguesas estejam atentas a estes casos relacionados com o «terrorismo político laico».
«Trata-se de procurar armamento. Há sempre colaboração de elementos locais, ou por razões económicas ou por simpatia ideológica com a causa», alertou José Manuel Anes, para quem a polícia não pode deixar de estar atenta.