Portugal gastou quase 530 milhões de euros em 2022 para prevenir e combater incêndios
Pela primeira vez, gastou-se mais na prevenção do que no combate aos incêndios: em 2022, investiu-se 324 milhões de euros na prevenção, acima dos 205 milhões desembolsados durante o combate às chamas.
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O Estado português gastou quase 530 milhões de euros no combate e na prevenção aos incêndios em 2022, avança o jornal Público. Pela primeira vez, o investimento na prevenção foi superior ao que foi gasto no combate às chamas. Os dados da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais e vão ser apresentados esta sexta-feira.
Em 2022, as ações de prevenção para a época dos incêndios custaram aos cofres públicos 324 milhões de euros, um valor que fica acima dos 205 milhões de euros desembolsados durante o combate aos fogos.
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E se no combate às chamas os valores estão em linha com o que aconteceu nos últimos seus anos, na prevenção o cenário é distinto. Comparando com 2017, regista-se uma subida significativa nos montantes investidos.
No ano dos grandes incêndios, em que morreram mais de cem pessoas, o investimento em prevenção tinha sido de 28,5 milhões de euros. Feitas as contas, seis anos depois, o valor aumentou 11 vezes.
No documento que é apresentado esta sexta-feira, a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais refere que, no ano passado, 70% da área ardida do país foi causada por 29 incêndios acima dos 500 hectares. Houve ainda 17 incêndios acima dos mil hectares, incluindo um na Serra da Estrela em que arderam 24 mil hectares.
Neste relatório, a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais adianta que, entre 2018 e 2022, a média de incêndios caiu para menos de metade do que a verificada nos dez anos anteriores. Neste período, o número médio de ignições nos dias de maior perigo também baixou para metade, passando de 76 para 38.