O líder dos sociais-democratas lembrou que quando se pede ajuda não é para se ficar pior, mas sim para «evitar o pior e melhorar».
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O líder do PSD acredita que Portugal não vai passar pelas dificuldades enfrentadas pela Grécia e Irlanda, apesar do pedido de ajuda externa feito por Lisboa à Comissão Europeia.
«Ninguém pede ajuda para ficar pior. Quando se pede ajuda é para evitar o pior e melhorar», afirmou Pedro Passos Coelho, numa intervenção na Universidade Lusófona.
O presidente dos sociais-democratas admitiu que o que se vai passar após o pedido de ajuda externa «não vai ser simples, mas não é replicável com o que se passou na Grécia ou Irlanda, porque muitas medidas que tiveram de ser adoptadas nesses país após esses pedidos já estamos a executar em Portugal».
Passos Coelho disse ainda que «um Governo que atribui absoluta prioridade à reconfiguração do Estado e ao seu peso financeiro tem de começar por ser seco, enxuto, disciplinador e frugal».
«Não podemos ter um Governo que tenha quase 16 ministros. Temos de ter um Governo que se pode sentar à volta de uma mesa e que com o primeiro-ministro possa responder pelas decisões que são tomadas e isto pode-se fazer com um número de ministros não superior a dez», frisou.
Se chegar ao Governo, Passos Coelho assumiu ainda o compromisso de despartidarizar o Estado e de escolher os melhores sem olhar para cores ou símbolos políticos.