Num estudo que avaliou os riscos de corrupção em mais de 180 países, Portugal ocupa o lugar numero 32. Mesmo entre os países da União Europeia está longe dos últimos lugares.
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Num índice que avalia os riscos de corrupção em mais de 180 países, Portugal surge na posição numero 32, ligeiramente pior que a Espanha mas muito melhor que a Itália ou a Grécia.
O índice que é divulgado esta quinta feira e é da autoria da organização não-governamental Transparência Internacional.
Os países menos atingidos pelo fenómeno da corrupção são a Nova Zelândia, a Dinamarca e a Finlândia. Os piores classificados são a Somália, a Coreia do Norte e Myanmar.
Em declarações à TSF, Jana Mitermaier, responsável da Transparência Internacional, defendeu que a corrupção foi uma das causas da crise das dívidas soberanas que nesta altura atinge a zona euro.
«A fraude e a corrupção contribuiram para a crise da dívida pública europeia. Se tivesse sido aplicada uma boa governação, com formas sistemas de integridade no sector público e privado, seria mais provável não termos este problema. É claro que é apenas uma parte da história, um dos factores com importância. Em Portugal isto faz parte do problema», explicou.
Olhando apenas para os países da União Europeia, Jana Mitermaier diz que Portugal está a meio da tabela, não é dos países mais atingidos pela corrupção mas também não está nos lugares da frente.
A Transparência Internacional sublinha, no seu estudo, que dois terços dos países do mundo apresentam resultados negativos na percepção da corrupção, têm notas abaixo de cinco numa escala que vai até dez.