O presidente da Ordem dos Engenheiros do Norte explicou que não chegam os 150 engenheiros civis que se formam todos os anos em Portugal e que daqui a quatro ou cinco a solução será importar profissionais da área.
Corpo do artigo
O presidente da Ordem dos Engenheiros do Norte acredita que Portugal poderá ter vir a importar engenheiros civis a curto prazo a acreditar no reduzido número de alunos que frequentam os cursos da área nas universidades e politécnicos portugueses.
Fernando Almeida Santos diz que Portugal não necessita dos mil licenciados que tinha cada ano no passado, mas que não chegam os 150 que se formam todos os anos no presente.
«Daqui a quatro, cinco anos vamos precisar de todos esses engenheiros. Não os vamos ter e não os tendo, vamos ter de importar», acrescentou.
Por seu lado, Pedro Nogueira, professor de Engenharia Civil no Instituto Politécnico de Bragança, considera que a hipótese de importar engenheiros civis será «doloroso» e poderia ser evitado.
«O Governo tem uma palavra a dizer. [É preciso] definir novas estratégias de forma a que o país não perca estas valências», acrescentou este engenheiro civil.
Nenhum aluno optou por ir para 11 dos cursos do Ensino Superiores que estavam abertos em Portugal pela via normal de acesso ao Ensino Superior, um dos quais no Politécnico de Bragança.
Sobrinho Teixeira, presidente do Instituto Politécnico adiantou, no entanto, que esta situação é contornada com a entrada de alunos vindos do Ensino Profissional e Tecnológico, bem como do estrangeiro.