No Parlamento, o socialista Pedro Marques lembrou que o Executivo está em guerra com a maioria, com o Tribunal Constitucional e com o Presidente da República.
Corpo do artigo
O PS acusou, esta quarta-feira, o Governo de estar em guerra com o país e considerou que, por isso, Portugal «precisa de mudar e precisa de outra governação».
Na Assembleia da República, o deputado Pedro Marques frisou que o «Governo faz ouvidos moucos em frente à própria maioria na questão do corte das funções sociais do Estado».
«Mas está também em guerra com o Tribunal Constitucional, com o Presidente da República, que voltou agora a avisar que o corte de quatro mil milhões de euros não deixará de passar pela Assembleia da República», o que se «percebe pelo crivo da promulgação do Presidente da República», acrescentou.
Perante as conclusões socialistas de que o «Governo está em guerra com o país», o bloquista Pedro Filipe Soares perguntou ao PS «porque não defende o país e apresenta uma moção de censura».
O comunista Miguel Tiago incentivou o PS a esclarecer «de que lado se coloca perante uma resolução» do PCP a votar na quinta-feira «que recomenda que é necessário e urgente romper com esta política e interrompendo a ação deste Governo».
«Não aceitamos lições de como fazer oposição a um Governo de Direita, porque os senhores são mais especialistas a fazer cair governos de Esquerda», respondeu Pedro Marques.
Do lado do PSD, Luís Menezes acusou o «PS de só querer confusão e querer criar um ambiente social propício a que as suas guerras internas se dissipem, porque este Governo está em guerra, mas contra o desperdício que herdámos desse Governo».
O deputado do CDS, João Almeida, acrescentou depois que o país dispensa que se «passe o seu tempo a atirar culpas uns aos outros sobre a responsabilidade que uns têm no passado e que os outros têm no presente».