"Portugal Sem Chamas", a plataforma solidária para ajudar vítimas dos incêndios
A plataforma foi criada em duas horas e reúne de um lado quem tem algo para oferecer e do outro quem precisa de algum tipo específico de ajuda
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A plataforma digital “Portugal Sem Chamas”, que visa ajudar as vítimas dos incêndios, foi lançada no início da semana e já conta com a adesão de 200 voluntários, entre empresas, cidadãos e influenciadores, anunciou a organização.
A ideia nasceu inspirada no apelo solidário partilhado pela atriz Jéssica Athayde e depois pelo humorista António Raminhos nas redes sociais e visa ser um elo de ligação entre quem precisa de ajuda e quem quer ajudar. O gesto da atriz e do humorista despertou num grupo de voluntários a vontade de ajudar e agir, colocando a tecnologia ao serviço da solidariedade.
A TSF falou com Ricardo Paiágua, que está a coordenar o projeto. O criativo adiantou que são várias as pessoas que querem a ajudar, a maior dificuldade está nas pessoas "ainda sem literacia digital".
"A maioria está a oferecer alimentos, mas depois temos advogados, construtores, arquitetos, pessoas que querem dar roupa, pessoas que querem dar a mobília, emprestar casas para quem tiver nenhum sítio para dormir", disse.
Há muita gente a pedir ajuda. A maior parte é quase tudo de casas que arderam. Há um senhor que, coitado, perdeu as abelhas todas.
Em duas horas desenvolveram o protótipo da plataforma, recorrendo a inteligência artificial (IA) para mobilizar ajuda, agilizar processos e multiplicar o impacto.
Com o lema “Unidos na prevenção, solidários na recuperação”, o “Portugal Sem Chamas” funciona com quatro plataformas: “Preciso de Ajuda” (pessoas afetadas descrevem a sua situação e necessidades), “Quero Ajudar” (marcas ou cidadãos registam ofertas de apoio), “Influenciadores Solidários” (lista de figuras públicas que mobilizam as suas comunidades para apoiar vítimas) e “Estado dos Fogos”, com informação atualizada.