O novo ministro das Finanças elege a estabilização do país, da economia e a proteção dos rendimentos como grandes prioridades.
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Poucas palavras, elogios a Centeno e olhos postos na estabilização do país, Depois de quatro anos na equipa de Mário Centeno, João Leão tomou esta segunda-feira posse como ministro das Finanças numa cerimónia no Palácio de Belém em que foi empossado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
"Espero continuar com o mesmo espírito de compromisso e de responsabilidade", começou por assumir o novo ministro, a ler a sua primeira intervenção nas suas novas funções a partir de uma folha de papel.
Sem deixar de referir que fez parte da equipa que conseguiu o "primeiro excedente orçamental", o governante diz estar "convicto" de que, ultrapassada a crise pandémica, será possível "voltar a colocar Portugal no caminho do crescimento da economia e do emprego, da confiança e da sustentabilidade".
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Tão sucinto nas respostas aos jornalistas quanto na intervenção inicial, João Leão recusa ter ficado com a "batata quente", garantindo que é "um prazer e uma honra servir o país num momento de grande dificuldade".
Quanto às "contas certas", e sem esquecer a importância de Centeno, João Leão preferiu olhar para o futuro: "O primeiro desafio é conseguir estabilizar o país, quer em termos económicos no apoio às empresas, à sua liquidez e ao investimento, quer em termos sociais, na proteção do rendimento das famílias."
Sobre se era o próprio que tinha a "chave do cofre" - e depois de se rir para os seus colegas de equipa - o novo ministro quis apenas garantir que "não podem ser dados passos maiores que a perna" e que é preciso gerir as contas com "rigor".
O momento de maior homenagem a Mário Centeno chegou de seguida, com um agradecimento pelo "trabalho notável e enorme liderança" do agora ex-ministro. Os conselhos, esses, foram dados ao longo "dos últimos quatro anos".
Agora vem aí o tempo de "estabilizar o país, a economia e proteger os rendimentos", o grande "ênfase deste ano". Só com crescimento, alertou o ministro, "conseguiremos equilibrar as contas públicas".
Em relação ao futuro de Mário Centeno e à sua possível nomeação para governador do Banco de Portugal, João Leão não vê nenhum "inconveniente" que impeça o ex-ministro de ocupar o cargo, reconhece que este é uma "excelente hipótese", mas entende que este não é o "momento oportuno" para discutir a questão.