Cavaco Silva disse hoje não ter informação «que aponte para a redução do rendimento disponível» de funcionários públicos e pensionistas, mas defendeu que, caso avancem, devem incidir nos titulares de «elevados rendimentos».
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«Não tenho nenhuma informação que aponte para a redução do rendimento disponível daqueles que foram duramente atingidos nos últimos anos, funcionários públicos e pensionistas», afirmou.
Segundo o chefe de Estado, que falava aos jornalistas no concelho de Arronches, é mesmo «difícil», no caso específico dos pensionistas, «continuar a exigir mais sacrifícios».
Mas, sustentou Cavaco Silva, «se for necessário reduzir o rendimento disponível de alguém no futuro, tem que ser àqueles que têm elevados rendimentos e que, até este momento, não foram seriamente prejudicados no seu bem-estar».
Sobre este assunto, contudo, o Presidente da República sublinhou que, tanto quanto sabe, «não existe nada de concreto» sobre novos cortes, não sendo do seu conhecimento que «estejam a ser preparadas medidas nesse sentido».
«Outros podem especular, mas o Presidente da República não pode especular. Tem que aguardar que lhe sejam apresentadas decisões que, aliás, não deixam de passar pela Assembleia da República e, depois, ponderá-las devidamente», frisou, alegando desconhecimento para não comentar a polémica à volta do 'briefing' realizado esta semana no Ministério das Finanças.
As declarações do Chefe de Estado foram feitas à margem de uma visita ao Centro de Identidade Local da freguesia de Esperança, concelho de Arronches.