Os trabalhadores dos laboratórios de análises clínicas do Nordeste Transmontano vão manifestar-se, este sábado, durante uma visita do Presidente da República a Mirandela.
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Os trabalhadores dos laboratórios de análises clínicas do Nordeste Transmontano, e integrantes do movimento espontâneo criado esta manhã, vão vestir-se de negro em luto simbólico pelo sector e pretendem entregar um manifesto ao Presidente da República, que vai estar presente inauguração do Centro Renal Local.
Em causa está uma medida da Unidade Local de Saúde da Região que está a obrigar os utentes a fazerem análises clínicas apenas no sector público, impedindo-os de recorrer aos laboratórios privados.
Em declarações à TSF, Alexandre Costa, um dos integrantes do movimento, explicou que em causa está o direito à escolha por parte dos cidadãos.
«Isto vai contra um direito adquirido por parte da população que tem o direito de escolher a sua unidade de prestadora do serviço de saúde. Quem conhece um bocadinho o que é a definição do Serviço Nacional de Saúde (SNS) percebe que isto é uma medida que viola o direito adquirido até aqui», sublinhou.
O protesto pretende alertar a população que para fazer, por exemplo, uma simples colheita de sangue pode agora ter de esperar até três horas. Alexandre Costa queixa-se da falta de diálogo e diz que a situação é ainda mais preocupante porque em causa podem estar postos de trabalho.
«Os postos de trabalho já estão em causa neste momento porque nós já fomos alertados por parte das nossas gerências que a manter-se esta situação, é insustentável. Para dar um exemplo, na nossa sede andamos à volta dos 20/25 doentes por dia e desde que começou esta medida o máximo que conseguimos foram seis doentes», revelou Alexandre Costa.
«Nós já fizemos um levantamento e em postos diretos, mais de 100 estão em risco. O mais grave disto tudo é que nem nos foi dada a oportunidade de negociar», contestou.
À TSF, Alexandre Costa disse ainda que a medida está em vigor desde o início desta semana.