Em Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres a Associação de Apoio à Vítima (APAV) defende que é preciso apostar na prevenção.
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A UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta) e a ANIMAR (Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local) estão a organizar esta segunda-feira uma marcha pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres. A concentração é às cinco e meia da tarde no Largo Intendente, em Lisboa.
Para mostrar apoio à causa, pede-se aos participantes que levem um par de sapatos de mulher. Um objeto simbólico que vai ser exposto no Rossio para "relembrar e assinalar nesta data as mulheres que foram assassinadas", diz à TSF o representante da APAV Daniel Cotrim. Os sapatos serão depois doados a instituições de apoio a vítimas de violência doméstica.
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Para travar a violência contra mulheres é preciso apostar na prevenção. E tudo começa nas escolas, defende o psicólogo da APAV, Daniel Cotrim.
"Quanto mais cedo se começarem processos de prevenção junto de rapazes e raparigas na escolas - a partir dos 3/4 anos - e se comecem a abordar temas como os direitos humanos, a igualdade, a não-violência, e a trabalhar com os jovens o que é que são relações interpessoais positivas e questões ligadas à inteligência emocional é dar um passo em frente."
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Daniel Cotrim recorda ainda que a violência contra as mulheres não termina com a violência doméstica. O assédio e importunação sexual, o assédio laboral, a mutilação genital feminina, a violação "são tudo formas de violência contra as mulheres e que as atingem de forma desproporcional".
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A APAV registou em cinco anos mais de 100.000 crimes em contexto de violência doméstica e apoiou mais de 43.000 pessoas, a maioria (86%) mulheres.
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