"Precisamos que as pessoas vão dar sangue." Calor faz diminuir número de dadores em agosto
À TSF, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação afirma que "tem sido muito difícil contrariar a sazonalidade da dádiva de sangue".
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"Precisamos que as pessoas vão dar sangue" é o apelo que todos os anos é feito pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST). No entanto, este ano o pedido intensifica-se numa altura em que Portugal enfrenta uma onda de calor e há uma consequente diminuição do número de doações, explicou esta quarta-feira à TSF a presidente do IPST, Maria Antónia Escoval.
"Tem sido muito difícil contrariar a sazonalidade da dádiva de sangue", começa por dizer Maria Antónia Escoval, garantindo que neste momento as reservas para os grupos A e zero só dão para dois dias.
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Nos últimos dois anos, verificou-se um aumento significativo do número de pessoas a doar sangue e, apesar de considerar que "ainda é cedo" para fazer um balanço de 2023, a expectativa é que a tendência se mantenha.
Mas, para isso "é necessário que haja uma dádiva regular e continuada ao longo do tempo", adverte a presidente do IPST.
"Principalmente desde o ano passado, as alterações climáticas com estas ondas de calor fazem com que haja maior de diminuição das reservas nestes meses de Verão", afirma, referindo que esta situação não se verificava antigamente e que os meses de maior quebra eram janeiro e fevereiro.
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No futuro, Maria Antónia Escoval espera que as pessoas vão dar sangue para que existam as reservas necessários para responderem às necessidades do país.
Os requisitos básicos de elegibilidade para a dádiva de sangue são: ter idade superior a 18 anos, peso igual ou superior a 50kg e ter estilos e hábitos de vida saudáveis.