Preços dos novos medicamentos oncológicos e para doenças raras preocupam Infarmed
A Autoridade Nacional do Medicamento espera que resolução da Organização Mundial de Saúde traga mais transparência.
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O presidente do Infarmed admite que as subidas dos últimos anos dos preços dos novos medicamentos, sobretudo para as doenças raras e oncológicas, são uma preocupação para a sustentabilidade dos sistemas de saúde.
Rui Ivo esteve na última semana numa reunião entre autoridades nacionais europeias do medicamento onde se falou do problema e se definiu que é preciso mais colaboração entre os diferentes países.
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"Aquilo que temos assistido é que, invariavelmente, cada novo medicamento para cada nova patologia, nomeadamente nas doenças raras e doenças oncológicas, chega com valores muito elevados", explica.
Rui Ivo acrescenta que, atualmente, apesar dos argumentos das empresas que apontam para os altos custos de produção e investigação, é muito difícil conhecer os custos reais com medicamentos para perceber se os preços pedidos são ou não razoáveis.
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Dizendo que é preciso saber o que se passa nos diferentes países e partilhar informações entre Estados, o Infarmed recorda que, atualmente, os contratos de medicamentos entre empresas farmacêuticas e países individuais não permitem que as autoridades divulguem os preços negociados com os laboratórios.
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Preocupados com o escalar dos preços dos novos fármacos, em maio deste ano os Estados-membros da Organização Mundial de Saúde (OMS) adotaram uma resolução que pede mais transparência no mercado dos medicamentos, nomeadamente na forma como os preços e os custos das empresas são calculados.
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