"Preocupante." Da diplomacia ao Exército, Marcelo lamenta falta de mulheres em lugares de topo
Apenas 12% dos embaixadores portugueses são mulheres, mas no Exército português a falta de representação feminina ainda é mais "preocupante".
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O Presidente da República elogiou esta terça-feira o papel da democracia na consolidação da igualdade de género em Portugal, mas lamentou a ausência de mais mulheres a ocupar lugares de topo.
"Foi somente com a democracia em Portugal que as mulheres passaram a ter o direito a votar pela primeira vez num sufrágio direto e universal", disse Marcelo Rebelo de Sousa no discurso de encerramento do seminário Mulheres na Diplomacia.
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O chefe de Estado enalteceu o nome de Maria de Lourdes Pintasilgo, exemplo máximo das mulheres na diplomacia, que chegou ao cargo de primeira-ministra em Portugal.
No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa considerou ser "preocupante", anos depois, o reduzido número de mulheres a ocupar altos cargos, nomeadamente no Exército português.
O Presidente sublinhou o número muito reduzido de mulheres que têm uma alta patente nas Forças Armadas portuguesas, principalmente no Exército, lamentando a situação: "Assim podemos perceber o quão conservador é o nosso Exército."
Atualmente, 12% dos embaixadores portugueses são mulheres e há um declínio no número de candidatos à carreira diplomática do sexo feminino, de acordo com um estudo citado por Marcelo Rebelo de Sousa - que revelou a intenção de perceber porque é que tão poucas mulheres são selecionadas.