Rui Nunes, professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, tem nos próximos cinco anos uma nova missão. Ele é um dos recém-nomeados da equipa de conselheiros do Papa Francisco, para o aconselhamento nas áreas da dignidade humana face aos desafios da ciência e da tecnologia.
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O presidente da Associação Portuguesa de Bioética, Rui Nunes, foi nomeado para a equipa de conselheiros do Papa Francisco nas áreas da dignidade humana face aos desafios da ciência e da tecnologia.
Rui Nunes foi nomeado membro da Academia Pontifícia para a Vida, que tem por missão aconselhar o Papa Francisco no que diz respeito aos valores da vida e do respeito pela dignidade humana, nomeadamente face aos desafios da ciência e da tecnologia.
"É uma enorme honra pela referência que o Papa Francisco representa hoje para toda a humanidade", assume o também coordenador do Departamento de Investigação da Cátedra de Bioética da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
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Rui Nunes, refere ainda que aceita esta tarefa "com espírito de missão e com um profundo sentido de responsabilidade, dado que os desafios com que as ciências biomédicas se confrontam atualmente à escala global implicam uma reflexão ética sem precedentes".
Pela segunda vez, a Academia Pontifícia para a Vida conta com o contributo de um especialista português. O primeiro foi Daniel Serrão, que integrou este organismo, à data da sua fundação, a convite do Papa João Paulo II, e do qual se tornaria membro honorário até ao final da vida. 25 anos depois segue-se Rui Nunes que considera que a sua nomeação atesta a qualidade do trabalho desenvolvido em Portugal na área da Bioética.
Também docente da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), Rui Nunes salienta que é uma "enorme honra" integrar a equipa de conselheiros do Papa Francisco pelos valores que este defende e que o tornam numa "personagem incontornável do século XXI".
A Academia Pontifícia para a Vida foi criada em 1994 e tem como missão o estudo, informação e formação sobre os principais problemas das ciências biomédicas e do direito relativos à promoção e defesa da vida, sobretudo na sua relação direta com a moral cristã e as diretrizes da Igreja.
A Academia é presidida por monsenhor Vincenzo Paglia desde agosto de 2016.