O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) considerou, esta quinta-feira, que o acréscimo de meia hora nos horários de trabalho e a redução de feriados terá um efeito «muito limitado» na economia.
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Num comentário ao anúncio feito esta quinta-feira pelo primeiro-ministro, João Vieira Lopes começou por dizer que as medidas do Orçamento do Estado de 2012 vão ter «consequências brutais» nas famílias e, consequentemente, no comércio.
As medidas anunciadas «ultrapassam bastante aquilo que seria expectável» em termos de cortes, lamentou.
João Vieira Lopes considerou positivo o aumento do horário no sector privado e a redução dos feriados, ainda que, na sua visão, essas medidas tenham um efeito limitado na economia.
Pelo contrário, em termos de emprego, poderão ter um efeito negativo, disse.
Destacou ainda como positivo o facto de não haver mexidas na Taxa Social Única (TSU), mas confessou que esperava mais medidas para ajudar as empresas, que, sublinhou, enfrentam grandes dificuldades.
Entretanto, também em declarações à TSF, o presidente da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) disse que o primeiro-ministro não falou no IVA para o sector da restauração e das bebidas, por isso tudo o que os empresários da área podem comentar são rumores.
«Será um desastre autêntico se passar para 23 por cento», alertou Mário Gonçalves.
Na sua declaração, Passos Coelho disse que o orçamento para 2012 «reduz consideravelmente o âmbito de bens da taxa intermédia do IVA, embora assegure a sua manutenção para um conjunto limitado de bens cruciais» para sectores como a agricultura.
Notícia actualizada às 22:05.