Presidente da Junta de Benfica contesta opinião de Provedoria quanto a consulta popular
Inês Drummond considera que ouvir as opiniões dos residentes no caso dos parquímetros no bairro não tem qualquer gravidade, e que é apenas um instrumento que auxilia a tomada de decisões.
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A presidente da Junta de Freguesia de Benfica, em Lisboa, aceita a decisão da Provedoria de Justiça, que considera ilegal a consulta popular realizada pela freguesia sobre a instalação de parquímetros da EMEL. No entanto, Inês Drummond discorda da opinião de Teresa Anjinho, provedora adjunta, que, em declarações ao jornal Público , condena a auscultação popular em regime informal.
"Nós iremos continuar a ouvir os moradores sobre todas as matérias. Consideramos que eles devem ser envolvidos na decisão daquilo que deve ser implementado na comunidade, à semelhança de, por exemplo, utilizar o orçamento participativo, em que também perguntamos onde querem alocar parte do orçamento da freguesia de Benfica", replica a autarca, ouvida pela TSF.
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Inês Drummond considera que a consulta de bairro é uma prática que facilita e agiliza decisões. "Vamos ter em consideração algumas das questões que são suscitadas, mas vamos continuar a ouvir os moradores, como sempre o fizemos", analisa.
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"Não podemos regular tudo, não faz sentido regularmos como deve ser feita a audição de moradores de forma informal", diz ainda. "Acho que não faz sentido regular se a conversa com os moradores deve ser de braço no ar na Assembleia, na rua, por voto direto... Isto não é um referendo. As coisas acontecem todos os dias e temos de ter formas rápidas de ouvir os moradores", finaliza.