Autarca de Agualva-Cacém não acredita que agentes da PSP tenham agido devido a racismo e acredita que não houve excesso de violência na detenção.
Corpo do artigo
Carlos Casimiro, presidente da Junta de Freguesia de Agualva-Cacém, acredita que o episódio da detenção policial que está a ser investigado pelo IGAI não teve motivações racistas e explica que não tem dados suficientes para avaliar se houve excesso de violência na atuação das autoridades.
"Não sei se se terá havido ou não excesso de violência mas entendo que não deve ser considerado - porque não entendo que isso aconteceu - é comportamentos racistas", começa por explicar o autarca em declarações à TSF.
Carlos Casimiro acredita que "a detenção de alguém que pratica ou é suspeito de um ato que seja considerado criminoso é independente de raça, sexo, nacionalidade, de tudo", o que o levou a agir, com crença de que não houve uma atitude racista, apesar de não defender "nenhuma atitude de violência ou de excesso de violência",
O presidente da Junta de Freguesia de Agualva-Cacém fez uma publicação na rede social Facebook onde enalteceu o trabalho da PSP no combate ao pequeno crime na freguesia. Porém, o autarca refere que o comentário foi feito em relação à postura das autoridades nos últimos tempos e não a esta detenção em particular.
"Fiz o comentário no sentido de apoio e os parabéns à postura que a PSP tem tido na repressão desta pequena criminalidade que ocorreu junto à Escola Ferreira Dias, não falava daquela detenção em concreto", reiterou.
Depois de uma "análise mais cuidada do vídeo", Carlos Casimiro mantém "muitas dúvidas, primeiro porque não se sabe de que forma é que aquele jovem que se veio meter na confusão e o que foi dito antes do vídeo, o que antecedeu o vídeo".
"Eu não consigo em bom rigor entender se a atuação era correta ou incorreta. Não considero que tenha havido abuso, mas também não ponho de parte essa possibilidade", conclui ainda o autarca.
A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) já confirmou que abriu "um processo administrativo para apuramento e acompanhamento dos factos a que se refere a noticia veiculada através dos meios de comunicação social" a propósito da detenção de um jovem por três agentes da PSP, à porta de uma escola do Cacém.