O ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação mostrou-se "sempre disponível para prestar todos os esclarecimentos que forem necessários".
Corpo do artigo
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, conferiu, esta quarta-feira, posse aos novos ministros e secretários de Estado do XXIII Governo Constitucional.
À saída, Pedro Nuno Santos agradeceu, em declarações aos jornalistas, mas pediu "descanso" após uns "bons sete anos" no cargo de ministro das Infraestruturas e da Habitação.
"Estou sempre disponível para prestar todos os esclarecimentos que forem necessários", respondeu Pedro Nuno Santos. Perante a insistência dos jornalistas, o ex-ministro das Infraestruturas disse "foi um prazer".
"Agora deem-me descanso. Foram sete anos, foram bons sete anos, agora vou ter o meu descanso", afirmou, juntando as mãos em frente ao peito.
TSF\audio\2023\01\noticias\04\filipe_santa_barbara_posse
António Costa anunciou que os então secretários de Estado João Galamba e Marina Gonçalves passariam, respetivamente, a ministros das Infraestruturas e da Habitação, separando assim as duas pastas, que antes eram de Pedro Nuno Santos.
Esta tarde, também foram empossados por Marcelo Rebelo de Sousa os novos secretários de Estado: Pedro Sousa Rodrigues, que substitui Alexandra Reis no Tesouro, Ana Fontoura Gouveia, na Energia e Clima, Hugo Pires, no Ambiente, Frederico Francisco, nas Infraestruturas, Fernanda Rodrigues, na Habitação, e Carla Alves, na Agricultura.
Os novos governantes tomaram posse numa breve cerimónia no Palácio de Belém, em Lisboa, que começou às 18h06 com a chegada à sala dos embaixadores do Presidente da República, do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, e do primeiro-ministro, António Costa.
Terminou pouco depois, pelas 18h11, tendo estado presentes o ex-ministro Pedro Nuno Santos, o ex-secretário de Estado da Agricultura, Rui Martinho, e membros do atual executivo como os ministros do Ambiente, Duarte Cordeiro, Finanças, Fernando Medina, e Agricultura, Maria do Céu Antunes.
Marcelo Rebelo de Sousa despediu-se de Pedro Nuno Santos com um aperto de mão prolongado enquanto António Costa deu ao seu ex-ministro das Infraestruturas um abraço caloroso.
Com a saída de Pedro Nuno Santos, o líder do executivo optou por separar as pastas das Infraestruturas e da Habitação, entregando a primeira a João Galamba, que deixou o cargo de secretário de Estado e do Ambiente, e a segunda a Marina Gonçalves, que assim passou de secretária de Estado e ministro da Habitação.
João Galamba, natural de Lisboa, tem 46 anos, é licenciado pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa e concluiu a parte letiva do doutoramento em Ciência Política na London School of Economics.
Eleito pela primeira vez deputado do PS em 2009, sob a liderança de José Sócrates, fez parte do chamado grupo dos "jovens turcos", juntamente com Pedro Nuno Santos, Pedro Delgado Alves e Duarte Cordeiro, no período em que os socialistas tiveram António José Seguro no cargo de secretário-geral.
Já sob a liderança de António Costa, João Galamba foi porta-voz do PS e coordenador da bancada socialista na Comissão de Orçamento e Finanças e vice-presidente do Grupo Parlamentar.
No anterior executivo, João Galamba foi secretário de Estado Adjunto e da Energia e iniciou funções no atual Governo, de maioria absoluta socialista, com o cargo de secretário de Estado do Ambiente e da Energia.
Marina Gonçalves, natural de Caminha, tem 34 anos, é licenciada pela Faculdade de Direito da Universidade do Porto, sendo mestre em Direito Administrativo pela mesma faculdade.
Em novembro de 2015, com a formação do Governo da "Geringonça", iniciou funções como assessora do gabinete do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos.
Eleita deputada do PS em outubro de 2019, pelo círculo de Viana do Castelo, integrou a Comissão de Trabalho e Segurança Social e a Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar à Atuação do Estado na Atribuição de Apoios na sequência dos incêndios de 2017.
Foi também vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS na anterior legislatura, onde acompanhou as áreas da habitação, do trabalho e da segurança social. Depois, ainda na anterior legislatura, passou para o Governo, desempenhando as funções de secretária de Estado da Habitação.