O Presidente da República diz ter saído menos preocupado da reunião com os partidos, no auditório do Infarmed.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta terça-feira que para a renovação ou não do estado de emergência devido à Covid-19 deve haver "uma ponderação conjunta dos responsáveis políticos com os especialistas no domínio da saúde".
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00h00 de quinta-feira e até às 23h59 de 2 de abril. "Sabem que no dia 2 de abril cessa a vigência do estado de emergência e coloca-se a questão da sua renovação ou não. Faz sentido uma ponderação conjunta dos responsáveis políticos com os especialistas no domínio da saúde", defendeu Marcelo Rebelo de Sousa.
Para lá do estado de emergência, na perspetiva do chefe de Estado, "haverá outras decisões que justificam a periodicidade das reuniões".
O Presidente da República considerou também esta terça-feira que a sessão técnica sobre a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal contribuiu para "cimentar um espírito de coesão e de unidade" entre responsáveis políticos e que há razões para esperança.
"Era difícil estarem aqui reunidos setores políticos tão diferentes, com maneiras de ver a vida tão diferentes. E vieram todos, sem exceção, e todos intervieram, e todos perguntaram e todos foram esclarecidos. Porque todos estavam a remar no mesmo sentido. Estamos todos a remar no mesmo sentido, e vamos remar no mesmo sentido, e esse é o sinal o mais positivo desta reunião", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado falava aos jornalistas no final de uma sessão técnica em que participou a convite do primeiro-ministro, António Costa, no auditório do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, em Lisboa, em que estiveram também o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, líderes partidários, sindicais e patronais.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que a periocidade de reuniões como a desta terça-feira será "razoável", antecipando que "no fim do mês" poderá "uma nova reunião para uma avaliação".
O Presidente da República disse sair desta sessão "menos preocupado" e convicto "de que há razões para ter esperança".