
António Pedro Santos/Lusa
Aproveitando o Dia Internacional dos Direitos das Crianças, Marcelo Rebelo de Sousa relembra o papel fundamental das crianças, e refere que é necessário "escutar as suas ambições".
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No Dia Internacional dos Direitos das Crianças, o Presidente da República defendeu, esta manhã, que proteger as crianças deve ser um desafio de todos os dias. Marcelo Rebelo de Sousa falou à margem da cerimónia em que se assinalou os 30 anos da Convenção dos Direitos das Crianças, no Museu da Marinha.
Relembrando o dia em que as Nações Unidas adotaram a Convenção, a 20 de novembro de 1989, a Presidência da República considera que "em três décadas muito mudou, no país e no mundo". Ainda assim, "os princípios orientadores da convenção permanecem atuais e continuam a exigir permanente atenção".
No entanto, Marcelo realça que ainda "há crianças em zonas de pobreza e de risco de pobreza" e que "há diferenças entre aquelas que vão à escola e as que não vão à escola".
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A Convenção propõe uma perspetiva de participação das crianças e não apenas de proteção, refere a Presidência da República em comunicado. É ainda fundamental que "para além de se ouvir as crianças, se escute as suas ambições enquanto cidadãos de pleno direito".
Para Marcelo Rebelo de Sousa, é essencial que se pense nas crianças todos os dias, e não apenas uma vez por ano. "Não há estratégia se as pessoas no dia-a-dia não mudarem de vida", garante.
Três décadas depois, as crianças pedem um novo olhar sobre o mundo, que permita "satisfazer necessidades presentes, sem comprometer gerações futuras".
Segundo o chefe de Estado, "tem de ser a sociedade a exigir mais, a chamar a atenção para este problema" e a questionar "por que é que há aquela bolsa de pobreza de crianças" ou "por que é que ali funciona e ali funciona mal".
O Presidente da República termina a mensagem manifestando que todas as crianças tenham esperança num futuro digno, relembrando que Portugal continua a assegurar o cumprimento dos direitos dos mais novos.