Primeira vaga da Covid-19 "ainda está aí". Costa pede responsabilidade no combate
Para evitar que se perca o que foi conseguido "com enorme dificuldade", o primeiro-ministro lembra que todos somos "ratinhos de laboratório nesta investigação".
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O primeiro-ministro sublinhou esta segunda-feira, em entrevista à TSF, que a luta contra a Covid-19 continua a fazer parte do dia-a-dia do país e alertou mesmo que "a primeira vaga ainda está aí".
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António Costa, que já admitiu que não terá problemas em dar um passo atrás no desconfinamento se for necessário, lembrou que a retoma das atividades "aumenta necessariamente o risco de contaminação", não constituindo obrigatoriamente uma segunda vaga da doença.
Sobre o desconfinamento iniciado há duas semanas, o primeiro-ministro lembra que uma das condições que tinha indicado para o colocar em prática era o de ter máscaras e gel desinfetante em abundância no mercado. "Felizmente já estão massificados."
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Agora, indicou, "não podemos pôr em causa o que conseguimos com enorme dificuldade". Até porque o futuro no combate à doença ainda é longo. Para o ilustrar, o primeiro-ministro recorreu a uma comparação: "Não damos conta, mas somos ratinhos de laboratório nesta investigação que está a ser feita a nível mundial."
O chefe do Executivo aproveitou para relembrar que ainda não há vacina e que é preciso continuar a aprender com o exemplo dos outros, não deixando de ouvir as autoridades internacionais, que também estão a lidar com a Covid-19 pela primeira vez.
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Há 500 ventiladores à espera em Pequim
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O primeiro-ministro revelou esta segunda-feira que, desde sábado, estão na embaixada de Portugal em Pequim cerca de 500 ventiladores que foram pagos em março pelo Estado Português e que não foram entregues pelos fornecedores chineses.
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"Desde sábado passado, a nossa embaixada em Pequim tem finalmente os famosos 500 ventiladores que tínhamos adquirido. Felizmente que até agora não foram necessários, mas a sua aquisição foi importante, porque temos de reforçar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde", declarou o primeiro-ministro.
Até agora, dos 508 ventiladores encomendados, apenas poucas dezenas chegaram a Portugal. Os restantes ventiladores deveriam já ter chegado no dia 15 de abril.