É a quinta temporada do programa de Catarina Furtado, que retrata os "Príncipes do Nada". Da Grécia à Colômbia, e do Bangladesh ao Uganda.
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Catarina Furtado é uma das mais reconhecidas caras da televisão portuguesa. Na manhã TSF, confessou que as pessoas que conheceu nas cinco temporadas de "Príncipes do Nada" mudaram-lhe a vida. Delas, guarda os nomes e as histórias. Não raramente, são histórias dramáticas de guerra, de violações, de genocídio, ou de perseguições politicas.
Os refugiados do campo de Mória (Grécia), ou os Rohingya, que fugiram dos guerrilheiros de Myanmar, para sobreviver no Bangladesh. Ou ainda os colombianos, perseguidos pelos guerrilheiros das antigas FARC, que agora se misturam com os venezuelanos em fuga. São muitos os meridianos percorridos na mais recente temporada do programa, em que Catarina Furtado veste o duplo fato de repórter e de embaixadora nas Nações Unidas.
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Sobre esta quinta temporada, a autora de "Príncipes do Nada" anota uma ideia: "O que aconteceu com aqueles com quem falei, poderia acontecer-me a mim".
Por exemplo, no caso da Síria, onde professores que tinham os seus empregos e os filhos na escola, e de repente, tiveram de fugir, porque as bombas destruíram tudo, atrás delas.
Ou as mulheres Rohingya, "violadas de todas as maneiras pelos guerrilheiros de Myanmar, que nunca contaram (nem vão contar) aos filhos o que aconteceu".
Catarina Furtado admite que guarda os nomes e as histórias destes protagonistas do programa. E, nalguns casos, até mantém o contacto através do Instagram.
Muitos, senão todos, gostariam de voltar - um dia - para as terras que deixaram para trás. Mas sabem que até ser possível regressar, querem construir nos países que os acolherem. "Não querem ser parasitas", garante Catarina Furtado.