Líder do CDS entende que o país não está preparado para enfrentar uma possível recessão económica.
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Assunção Cristas considera que Portugal não está preparado para uma possível recessão económica e que "nos últimos quatro anos", o Governo apenas geriu a situação "arrastado por uma conjuntura externa muito favorável". Por isso, "a prioridade número um do CDS tem a ver com a baixa de impostos".
"Perdemos uma oportunidade de fazer reformas importantes para, se os tempos passarem a ser menos bons, estarmos mais preparados. Continuamos com uma competitividade fraca ao nível do país e também com uma produtividade fraca. É preciso requalificar a nossa mão-de-obra, é preciso dar um impulso forte à formação profissional para que seja adequada à necessidade das próprias empresas", entende a líder centrista.
Em entrevista à TVI, Assunção Cristas explicou que, por estas razões, "a prioridade número um do CDS tem a ver com a baixa de impostos". Neste âmbito, a líder do partido quer que o IRC em Portugal desça para um nível "tão competitivo como o da Irlanda", de 12,5%. Por esta altura, defendeu a líder centrista, "o IRC já devia estar em 17%".
Ainda na política económica, a líder do CDS defende que "com este cenário macroeconómico" há condições de "baixar impostos". No caso específico do IRS, Cristas defende que o imposto deve ser reduzido "em 15%". Sobre o excedente orçamental, Assunção Cristas entende que "deve ser utilizado em 60% para baixar impostos".
"Lei Cristas" também tem as suas falhas
"Não há leis perfeitas", admitiu a líder do CDS-PP, "obviamente que qualquer lei tem as suas falhas".
Apesar de admitir imperfeições no Novo Regime de Arrendamento Urbano, que ficou conhecido como "Lei Cristas" entende que a mesma é "justa, rejuvenesceu as cidades" e que quem a critica deve "dizer se não gosta de ver Lisboa e Porto reabilitados e rejuvenescidos".
No que diz respeito aos abusos em casos concretos, a líder centrista defende que "os organismos públicos devem estar atentos para ajudar as pessoas a não caírem nessas armadilhas e a não serem alvo desses abusos".