José Sócrates foi notificado diretamente na sexta-feira ao final da tarde (tal como o advogado João Araújo), e a decisão está agora nas suas mãos.
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Como a prisão domiciliária, ou obrigação de permanência na habitação, obriga à instalação de equipamento de vigilância na casa do arguido, e ao uso de pulseira eletrónica, o primeiro passo terá de ser dado por José Sócrates.
O arguido pode aceitar ou recusar a nova medida de coação. Se recusar, nada se altera, e mantém-se a prisão preventiva; se aceitar, a direção-geral dos serviços prisionais tem um prazo de 24 a 48 horas para verificar se existem condições, na residência do arguido, para instalar a pulseira eletrónica.
Entretanto, fontes contactadas pela TSF dizem que, se José Sócrates aceitar a prisão domiciliária, é pouco provável que o juiz de instrução se venha a opor à proposta do Ministério Público.
Tendo em conta que o tribunal da relação já descartou o perigo de fuga como pressuposto para a prisão preventiva, que o único argumento para a prisão de José Sócrates é o risco de perturbação do inquérito, sendo o titular do inquérito o Ministério Público, e partindo do procurador Rosário Teixeira esta proposta de alteração da medida de coação, é pouco crível, dizem essas fontes, que o juiz de instrução se oponha a esta mudança de Sócrates, da prisão de Évora para a prisão domiciliária, na rua Braamcamp.