O presidente da SATA Holdings, Luís Rodrigues, espera que o processo possa estar concluído, ou pelo menos numa fase muito adiantada, até outubro.
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O processo de privatização da Azores Airlines está pronto a avançar. A revelação é feita pelo presidente da SATA Holdings, Luís Rodrigues, em entrevista ao Diário de Notícias esta sexta-feira.
O caderno de encargos já foi aprovado e segue agora para o governo regional, que deverá aprovar a privatização "na primeira oportunidade" e pretende manter uma participação ativa na empresa.
A ideia é alienar entre 51 a 85% da companhia aérea. "Temos de deixar livre a opção do comprador, que ainda não sabemos quem é, para a forma como ele queira exercer essa compra. Se for para um aumento de capital, por exemplo, que o governo regional não quer ou pode acompanhar e transação não deve ficar condicionada por isso", explica Luís Rodrigues.
"Mais do que 85% não está em causa, precisamente para que o acionista consiga manter uma gestão ativa na empresa pelo tempo que entender", ressalva.
Questionado se admite que possa vir a ser privatizada por um valor baixo e ficar nas mãos de outras companhias internacionais, Luís Rodrigues recusa responder. "Não me pronunciarei sobre esse tema", disse.
O presidente da SATA Holdings diz esperar que o processo de privatização da Azores Airlines possa estar concluído, ou pelo menos numa fase muito adiantada, até outubro.
"É um prazo exequível, porque o processo está desenhado sob a forma de concurso público internacional. Quando assim é, há um conjunto de metas e prazos que estão definidas por lei e que têm de ser cumpridos", aponta
Luís Rodrigues adianta ainda que, apesar das contas de 2022 não estarem ainda fechadas, as estimativas apontam para uma duplicação das receitas em relação a 2021, quando a SATA obteve mais de 100 milhões de euros de receitas.
"Temos alcançado recordes de transporte de passageiros que depois trazem o resto. O que tivemos em 2021 foi que duplicámos a receita em relação a 2020, e em 2022 vamos duplicar em relação a 2021 (102 milhões nesse ano)."