"Problemas técnicos." Professores de TIC pedem ao ministério que não se realizem provas em formato digital sem condições
À TSF, a presidente da Associação, Fernanda Ledesma, descreve as principais dificuldades detetadas no acesso à aplicação e ao servidor.
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A associação de professores de informática pede ao Ministério da Educação e ao Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) que assumam a responsabilidade pelo que correu mal. Em causa está a prova de aferição de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) que este ano teve um formato inteiramente digital. Os problemas técnicos levaram a que 75% dos alunos precisassem de mais tempo para concluir a avaliação.
"Foi o principal problema, durante a prova os computadores bloquearam e foram reiniciados e desligados à força várias vezes. Não era ficar lentos, era bloquear tudo. Os alunos não conseguiram resolver a prova em 90 minutos e aí vêm os procedimentos que nós dizemos que não foram acautelados", assinala a presidente da associação Fernanda Ledesma à TSF, referindo que houve alunos que submeteram a prova incompleta e outros que ficaram mais tempo a completar o que não conseguiram no tempo definido.
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A associação nacional de professores de informática já tinha alertado para os problemas que acabaram por se confirmar. Fernada Ledesma pede ao ministro João Costa e ao IAVE que façam mea culpa
"Alertamos para tudo isto dois dias antes e o ministro e o IAVE vieram a público dizer que até uma criança fazia isto, que isto ia correr perfeitamente e não foi. Portanto, às vezes é preciso dar um passo atrás para dar dois em frente. É assumir que é preciso fazer isto com mais testes", pede a presidente da associação de professores de informática.
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O primeiro episódio não correu bem, garante a associação de professores de informática, que pede uma revisão das provas inteiramente digitais nos próximos capítulos.