Processo de indemnização a Alexandra Reis "correu mal". Valor é "alto" mas em linha com os salários da TAP
Pedro Nuno Santos argumenta que indemnização de Alexandra Reis está em linha com outras empresas de topo.
Corpo do artigo
O ex-ministro Pedro Nuno Santos assumiu esta quinta-feira que a indemnização a Alexandra Reis foi um processo "que correu mal", apesar de ter representado menos de 1% do trabalho que o ministério teve na TAP.
16532342
Enquanto ministro das Infraestruturas, a TAP foi "o dossiê mais difícil" que teve em mãos, diz Pedro Nuno Santos.
Já a indemnização a Alexandra Reis representou "menos de 1% do trabalho na TAP e menos de 0,1% do trabalho no MAI", mas "foi um processo que objetivamente correu mal", reconhece, lembrando que o caso acabou por ditar a sua saída do Governo.
Quando Christine Ourmières-Widener disse que queria substituir Alexandra Reis, Pedro Nuno Santos não se opôs. "Não achei que fosse irrazoável e achei que o bem que estava em causa era mais importante", defendeu.
Quanto à indemnização, apesar de considerar que "o valor era alto", o ex-ministro diz que foi aconselhado a aceitar uma vez que não seria possível "baixar mais", pelo que acabou por "dar o ok".
Sim, meio milhão de euros é valor elevado em Portugal e qualquer parte do mundo, mas a TAP é uma empresa de topo, argumenta.
"Mas numa empresa onde os salários dos administradores são altos, onde temos trabalhadores que também ganham muito, alguns mais do que vogais do Conselho de Administração e, por isso, a indemnização - sendo um valor alto - é conducente com os salários pagos naquela empresa, tal como na Caixa Geral de Depósitos, quando pagaram um milhão de euros a um ex-administrador e 750.000 euros a outro", sublinha.