Associação Nacional de Cuidadores Informais lembra a importância de todos os cuidadores informais se inscreverem para que o Governo tenha dados verídicos.
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O processo de inscrição de cuidadores informais é demasiado burocrático e demorado. Quem o diz é Maria dos Anjos Catapirra, dirigente da Associação Nacional de Cuidadores Informais, que revela à TSF que no mês de junho houve 119 candidaturas.
"É um processo extremamente burocrático, a maior parte das pessoas que estão a cuidar não têm tempo para sair de casa, de ir para a Segurança Social, para se inteirar e há uma série de documentos que a maioria não estava à espera de ter que incluir", explica, ressalvando que é um processo "extremamente lento".
Maria dos Anjos Catapirra acrescenta ainda que "muitos cuidadores desconheciam que é preciso o consentimento da pessoa cuidada e há muitas pessoas cuidadas que não têm capacidades para poder dar esse próprio consentimento", o que complica ainda mais todo o processo.
O apoio aos cuidadores informais pode ir até aos 438 euros por mês, consoante o rendimento do agregado familiar, um valor que a responsável espera que seja repensado no futuro, algo já proposto à ministra da Segurança Social.
"Isto foi pensado para as pessoas que têm zero euros de rendimento, essas sim vão conseguir usufruir de um valor máximo de 438 euros. Todas as outras que tenham algum rendimento que lhes permita a sobrevivência do agregado familiar dificilmente irão usufruir desta mesma verba", reitera, pedindo que estes valores sejam "pensados e repensados para quando vier a portaria do reconhecimento de todos os cuidadores em abril do próximo ano haja uma abrangência de mais pessoas".
A dirigente da Associação Nacional de Cuidadores Informais deixa um apelo a quem ainda não solicitou este estatuto e recorda que, caso não haja inscrições, o Governo não terá "dados para orçamentar na próxima anuidade".