O processo sobre o desaparecimento de Madeleine McCann, composto por 30 mil páginas, foi esta segunda-feira posto à disposição dos jornalistas em formato digital. No entanto, o Ministério Público colocou algumas restrições no uso das informações disponibilizadas.
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O processo sobre o desaparecimento de Madeleine McCann, a 3 de Maio de 2007 da Praia da Luz, no Algarve, foi esta segunda-feira colocado à disposição dos jornalistas num DVD com 30 mil páginas, que correspondem a 47 volumes.
No despacho onde o Ministério Publico determina o arquivamento do processo, refere-se que a PJ, a par das forças policiais britânicas, não poupou esforços excepcionais em meios humanos e técnicos para descobrir a criança e apurar a verdade dos factos.
Depois de, inicialmente, a Polícia Judiciária ter adoptado a tese de rapto da criança por motivos sexuais, os pais da criança e Robert Murat foram constituídos arguidos no processo.
Mais tarde, o coordenador do processo, o inspector Gonçalo Amaral, foi afastado do caso pelo Director Nacional da PJ, Alípio Ribeiro, por ter proferido declarações públicas consideradas inoportunas.
Entretanto, o Ministério Público acabou por considerar que não existiam provas para produzir uma acusação e ordenou o arquivamento do caso.
Para aceder ao processo, disponibilizado esta segunda-feira aos jornalistas, deslocaram-se ao Algarve representantes dos mais importantes órgãos de comunicação social britânicos.
Apesar de terem tornado público o processo, as autoridades judiciais impuseram algumas restrições na utilização dos elementos e dos dados presentes no DVD, como por exemplo a proibição do uso de som e imagem até Setembro.