Um estudo da Entidade Reguladora da Saúde em parceria com a Universidade do Minho concluiu que a produção, recolha e tratamento dos resíduos hospitalares é preocupante ou mesmo muito preocupante.
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Os inquéritos foram enviados para hospitais, centros de saúde, clínicas e outros prestadores de cuidados, quer públicos quer privados.
O estudo da Entidade Reguladora da Saúde, em parceria com a Universidade do Minho, mostra que o desempenho das unidades prestadoras de cuidados de saúde é claramente deficiente, no que toca aos riscos para os profissionais. Por isso, a intervenção deve ser urgente e acentuada.
O investimento nos locais usados como armazéns é insuficiente. Por exemplo, faltam frigoríficos, o que diz o estudo, torna os locais perigosos, deficientes e inadequados.
O relatório aponta ainda para um substancial incumprimento dos prazos de recolha e um deficiente sistema de gestão de resíduos. Muitas instituições não têm planos de contingência ou mapas de circuito interno dos resíduos hospitalares.
As falhas são notadas, quer nas entidades públicas, quer privadas, mas o estudo salienta que o inquérito teve uma resposta de apenas 17,5 por cento, ou seja, das mais de 8500 unidades de todo o país, apenas responderam cerca de 1500.
Seja como for, o cenário é considerado em geral, preocupante ou mesmo muito preocupante. Daí que seja considerado urgente investir no equipamento de protecção, não só luvas como em muitos casos, calçado, máscaras, óculos de protecção e dispositivos respiratórios.
As instituições devem ter também um programa para resolver acidentes, investir nas condições de armazenamento, promover o controlo interno e sujeitar-se a auditorias externas.