As organizações sindicais de professores apoiam a petição, que circula há uma semana na internet, que reclama a equiparação do estatuto dos docentes ao das autoridades públicas, como a polícia.
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A iniciativa partiu dos Trabalhadores Social-Democratas de Bragança depois de terem sido divulgados casos de violência física e psicológica exercida sobre os professores.
A ideia já não é nova. O anterior Governo chegou a admitir a medida, que foi levada à Assembleia da República mas não foi aprovada.
Mário Nogueira, da Fenprof, diz que o poder político conhece a realidade do ambiente escolar e, por isso mesmo, não deve esperar que sejam os cidadãos a tomar a iniciativa.
De qualquer forma fica agradado com a possibilidade de no futuro ver esta medida ser aplicada.
«Se esta petição der na aprovação da medida e de outras, ficamos satisfeitos, mas penso que o próprio poder politico tinha obrigação de avançar já com a medida sem precisar que os cidadãos estejam a assinar a petição», frisou.
«O poder político sabe perfeitamente a situação que é vivida em algumas escolas, aliás os actuais governantes quando estavam na oposição tinham propostas que iam no sentido de tomar algumas medidas, mas parece que quando chegaram ao poder paralisaram nessa matéria», lembrou Mário Nogueira.
João Dias da Silva, da Federação Nacional de Educação (FNE), lembra que esta petição está na linha do que tem sido proposto pela FNE: acabar com a impunidade de quem adopta comportamentos menos próprias dentro do espaço escolar.
«Essa petição vem ao encontro daquilo que são perspectivas e reivindicações que a FNE tem apresentado. Nós sabemos que o Ministério da Educação anunciou para este mês a apresentação de uma proposta de revisão do estatuto do aluno, no qual nós consideramos fundamental que haja a responsabilização das famílias relativamente às atitudes que os alunos tomam dentro da escola e também que as famílias que não têm uma atitude de respeito e consideração para com os trabalhadores das escolas sejam sancionadas», defendeu.
Contactado pela TSF, o Ministério da Educação não quis fazer qualquer comentário.